A prisão em flagrante de um homem tentando enviar dinheiro falso pelos Correios levou o Instituto de Criminalística da Secretaria da Segurança Pública a orientar a população sobre como identificar se a cédula é verdadeira. Isso pode ser feito através da análise dos elementos de segurança. Inclusive, a falsificação de dinheiro é crime previsto no Artigo 289 do Código Penal e prevê pena de três a 12 anos de reclusão, e multa.
É comum que as pessoas verifiquem a autenticidade de uma cédula apenas colocando o valor contra a luz ou apenas passando o dedo pela nota. Mas, há um grande conjunto de elementos de segurança desenvolvidos para garantir à população o reconhecimento da cédula de forma mais precisa. Toda cédula pode ser falsificada, mas a perita do setor de documentoscopia do Instituto de Criminalística, Thayse Freitas, revelou que as cédulas mais falsificadas são as de R$20,00; R$50,00 e R$100,00.
A perita ressalta que colocar a nota contra a luz não garante que o valor seja verdadeiro, é preciso maiores cuidados para não cair no golpe. “Uma pessoa que é leiga por exemplo ela tende a colocar somente a cédula contra a luz para analisar se tem marca d’água, só que isso não é recomendado até para pessoas que são peritas, porque os falsários simulam esses elementos, então o cidadão precisa conhecer mais de um elemento para poder ter certeza se aquela cédula é falsa ou não, no caso de nós peritos a gente analisa todos os elementos que a cédula possui”, enfatizou.
Falsificações bem feitas
“Existem falsificações que recebemos que para uma pessoa leiga que não observe com bastante cuidado pode considerar essa cédula como sendo igual a uma nota autêntica, mas somente com alguns equipamentos específicos conseguimos analisar essa nota e fazer a conclusão somente com os elementos visuais, perceptíveis porque as falsificações elas são cada vez melhores”, complementou.
Thayse Freitas também destacou que, se houver suspeitas de que a cédula é falsa, a recomendação é procurar a autoridade policial mais próxima, como uma delegacia da Polícia Civil, para registrar o fato. O dinheiro é retirado de circulação e enviado ao Instituto de Criminalística para examinar sua autenticidade. Thayse Freitas salienta ainda que o repasse de notas falsificadas, com a ideia de se livrar da cédula, pode implicar em penalidades legais.
A perita orientou que é preciso calma e atenção para verificar a autenticidade da nota de dinheiro recebida. “O cidadão precisa ter atenção e não ter tanta pressa na hora de guardar o dinheiro porque na correria a gente tende de receber o troco e jogar na bolsa, na carteira de qualquer jeito, então é importante dar uma paradinha fazer a análise básica, coloca contra a luz para analisar se tem marca d’água, dá uma analisada na nota para ver se tem as marcas táteis, as impressões em alto relevo na lateral, verificar se tem essa numeração escondida, isso leva alguns segundos mas evita que a pessoa possa vir a ter prejuízos futuros” concluiu.