Presente em quase todos os municípios sergipanos, o caramujo africano se prolifera durante o período chuvoso. O excesso de umidade é favorável para o desenvolvimento do molusco, responsável por causar impactos tanto à biodiversidade quanto à saúde pública, podendo transmitir doenças à população, como a angiostrongilíase meningoencefálica humana e a angiostrongilíase abdominal. A orientação dos setores de zoonoses é para as pessoas ficarem atentas ao encontrá-lo em algum ambiente, a fim de que seja feito o correto manuseio do molusco.
Segundo o biólogo Carlos Fernando Rocha, o caramujo africano é uma praga que está presente em todo e qualquer terreno que tenha o mínimo de vegetação. Por isso, é preciso tomar os cuidados necessários para evitar o contato com esse molusco. “Atualmente, o caramujo africano é reconhecido como uma das piores espécies invasoras em todo o mundo porque causa impactos ambientais, econômicos e de saúde pública”, diz Rocha. A Organização Mundial de Saúde classifica esse animal como uma das 100 piores pragas do mundo.
O biólogo ainda ressalta que o período chuvoso (de abril a julho) é propício para a proliferação do caramujo africano. Nesta época do ano, as ocorrências aumentam de forma significativa. Introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, durante uma exposição agropecuária em Curitiba, o animal foi apresentado como substituto do escargot, mas acabou se dispersando dos habitats naturais e, com o auxílio do seu alto poder de reprodução, se espalhou pelos estados brasileiros. Hermafroditas, os caramujos possuem quatro posturas durante o ano. Em cada uma delas, são colocados de 400 a 500 ovos.
Passo a passo para o controle
1. Antes da coleta, deixar preparado uma calda forte de tinta de cal ou uma solução de três partes de água de torneira para uma parte de água sanitária;
2. Com as mãos protegidas por luvas, realizar coleta manual de todos os caracóis que encontrar e colocar em balde ou latão. À medida que for recolhendo os caramujos, fazer o depósito dos mesmos nessas soluções, pois irão eliminá-los;
3. Após a coleta, proceder com a limpeza do terreno. Estando limpo, ciscar o terreno no chamado “pé” do muro, pois é nesse local onde estão os ovos e os filhotes;
4. Também no local ciscado, proceder com o polvilhamento do terreno com cal em pó, ou seja, espalhar a cal em cima do terreno ciscado. Pode-se também, pintar o muro com uma calda forte de cal, pois esse material é tóxico e mata os caracóis;
5. Realizar a capinação periódica e manter o quintal, jardim ou terreno sempre limpo, sem mato nenhum, pois os raios solares matam os caracóis.
Com informações do site RNH1 (Foto: UVZ)