A Polícia amanheceu prendendo gente em Sergipe
24 de agosto de 2021
Governo começa a pagar a folha deste mês na segunda-feira
24 de agosto de 2021
Exibir tudo

Decretadas prisões de delegado e policiais de Sergipe

A Polícia concluiu que Gefferson de Moura Gomes foi morto por engano

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decretou, nesta terça-feira (24), a prisão preventiva do delegado Osvaldo Resende Neto e do policiais civil e militar, respectivamente, José Alonso de Santana e Gilvan Moraes de Oliveira. Os três são acusados pela morte a tiros do advogado e empresário paraibano Geffeson de Moura Gomes. Ele foi morto no dia 16 de março passado, durante uma abordagem dos policiais sergipanos que estavam na Paraíba à procura de um traficante de drogas. A família da vítima afirma que ela foi fuzilada sem direito a defesa.

Segundo o Ministério Público da Paraíba, os acusados Osvaldo Resende. José Alonso Santana e Gilvan Moraes, além de confundirem Geffeson com outro homem e atirarem contra o empresário, também adulteram a cena do crime, plantando uma arma, que afirmaram ter sido usada pela vítima. Ao ser ouvido pela Polícia paraibana o delegado de Sergipe afirmou que o carro da vítima estava em atitude suspeita e entregou uma arma que, supostamente, estava no carro da vítima. No entanto, a origem da arma e a versão do delegado ainda estão em investigação.

Operação policial condenada

De acordo com a denúncia contra os três policiais sergipanos, “a operação policial coordenada pelos acusados, se apresentou desprovida de qualquer formalidade voltada ao exercício regular da polícia investigativa, porquanto, só fora comunicada à polícia paraibana poucas horas antes do seu intento, carecendo de informações básicas. Além disso, resolveu-se instalar uma barreira policial, à noite, no meio de uma rodovia federal, com uma viatura descaracterizada e apenas três policiais para abordar os veículos que trafegavam pelo local”.

No inquérito policial que investigou a morte do advogado e empresário, alguns pontos que foram essenciais para a conclusão das investigações: “Os policiais estavam ali não para prender, mas para executar, pois os disparos comprovam isso, sendo oito disparos à queima roupa. Além disso, para tentar ludibriar a investigação eles jogaram uma arma no carro da vítima e apresentaram essa arma apenas na Delegacia de Patos e não no local do crime, caracterizando o crime de fraude processual”, disse o delegado Glauber Fontes, responsável pelo inquérito.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *