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Delegado e policiais sergipanos já estão presos

O delegado e os policiais se apresentaram e foram recolhidos na Acadepol

Logo após terem suas prisões preventivas decretadas pelo Tribunal de Justiça das Paraíba, o delegado Osvaldo Rezende Neto e os policiais civil e militar, respectivamente, José Alonso e Gilvan Morais se apresentaram à Corregedoria da Polícia Civil de Sergipe. Os três foram indiciados pela morte do empresário e advogado paraibano Gefferson de Moura Gomes, de 32 anos, abatido a tiros durante uma operação policial que Osvaldo Rezende, Alonso e Gilvan faziam naquele estado nordestino.

Os três policiais sergipanos estão detidos, desde esta terça-feira (25), na Academia de Polícia de Sergipe à disposição da Justiça paraibana. A defesa do delegado e dos outros policiais vão recorrer contra a decretação da prisão preventiva decretada pela Câmara Criminal do TJ da Paraíba. Anteriormente, os três já tinham sido preso, mas conseguiram o relaxamento da prisão e estavam respondendo o processo em liberdade.

Alvo errado

O empresário e advogado Geffeson de Moura Gomes foi morto no dia 16 de março passado, durante uma abordagem dos policiais sergipanos que estavam na Paraíba à procura de um traficante de drogas. A versão do delegado Osvaldo Rezende Neto é que o rapaz teria atirando contra a patrulha  ao ser abordado. A família da vítima afirma que ela foi fuzilada sem direito a defesa.

Segundo o Ministério Público da Paraíba, os acusados Osvaldo Resende. José Alonso Santana e Gilvan Moraes, além de confundirem Geffeson com outro homem e atirarem contra o empresário, também adulteram a cena do crime, plantando uma arma, que afirmaram ter sido usada pela vítima. Ao ser ouvido pela Polícia paraibana o delegado de Sergipe afirmou que o carro da vítima estava em atitude suspeita e entregou uma arma que, supostamente, estava no carro da vítima. No entanto, a origem da arma e a versão do delegado ainda estão em investigação.

Operação policial condenada

De acordo com a denúncia contra os três policiais sergipanos, “a operação policial coordenada pelos acusados, se apresentou desprovida de qualquer formalidade voltada ao exercício regular da polícia investigativa, porquanto, só fora comunicada à polícia paraibana poucas horas antes do seu intento, carecendo de informações básicas. Além disso, resolveu-se instalar uma barreira policial, à noite, no meio de uma rodovia federal, com uma viatura descaracterizada e apenas três policiais para abordar os veículos que trafegavam pelo local”.

No inquérito policial que investigou a morte do advogado e empresário, alguns pontos que foram essenciais para a conclusão das investigações: “Os policiais estavam ali não para prender, mas para executar, pois os disparos comprovam isso, sendo oito disparos à queima roupa. Além disso, para tentar ludibriar a investigação eles jogaram uma arma no carro da vítima e apresentaram essa arma apenas na Delegacia de Patos e não no local do crime, caracterizando o crime de fraude processual”, disse o delegado Glauber Fontes, responsável pelo inquérito.

 

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