A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça recebeu, ontem (14), denúncia contra o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PR) e mais sete pessoas. Todos são acusados pelo desvio de quase R$ 6 milhões das taxas recolhidas no matadouro daquele município. Por causa dessa acusação, Valmir chegou a ser preso em 2018, permanecendo mais de 15 dias atrás das grades. Mesmo depois de ganhar a liberdade, o gestor só reassumiu a Prefeitura quatro meses após o afastamento.
A Operação Abate Final, realizada em novembro de 2018, teria constatado o desvio de recursos oriundos das taxas pagas pelos donos dos animais para abatê-los no matadouro de Itabaiana. Deflagrada pelo Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil, em parceria com a Promotoria do Patrimônio Público e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a operação constatou o seguinte: era cobrada aos boiadeiros uma taxa de R$ 50, mas na prática apenas R$ 10 eram recolhidos aos cofres da Prefeitura.
É inocente
O prefeito jura que foi vítima de uma armação política. “Me arrebentei, me prenderam”, disse ele. Valmir disse que a sua prisão foi provocada por poderosos, mas preferiu não citar nomes. “Uma vez, em uma entrevista, um rapaz elogiou meu desempenho em Itabaiana por ter resolvido o problema do atraso de salários e das finanças como um todo em um mês. Ele me perguntou se teria jeito para Sergipe e eu disse que em seis meses resolveria os problemas do estado. Isso gerou muita ciumeira e deu no que deu”, discursa.
Por Destaquenoticias