Deputada preocupada com feminicídios em Sergipe

A deputada estadual Linda Brasil (Psol) lamentou a crescente violência contra as mulheres, principalmente os casos de feminicídio. Um crime recente aconteceu no último domingo (7), no município de Lagarto, onde uma mulher de 40 anos foi encontrada morta, com sinais de esganadura, com suspeita de feminicídio. “Na última segunda-feira (8), uma tentativa de feminicídio foi registrada em frente à uma instituição de ensino superior, em Itabaiana”, disse a deputada.

Em discurso na Assembleia, a parlamentar chamou a atenção das demais deputadas e de deputados presentes para a elevação do número de casos de violências domésticas, a exemplo da física, psicológica, moral, sexual e até patrimonial, e pediu o comprometimento do Legislativo em ações que visem contribuir com o fortalecimento da Rede de Proteção da Mulher em todo o território sergipano.

A deputada apresentou dados que mostram que o Brasil teve um aumento de 5% nos casos de feminicídio em 2022 em comparação com 2021. O levantamento foi feito pelo portal de notícias G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. “São 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres, uma a cada 6 horas, em média. Este número é o maior registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015. É urgente que o Governo do Estado em diálogo com os movimentos sociais e toda a rede de proteção das mulheres, construa um Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, que privilegie ações educativas”, clamou.

Secretaria sem estrutura

A deputada aproveitou para criticar o fato da Secretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres não ter estrutura e orçamento próprio para o desenvolvimento de ações estruturantes que garantam direitos a essas cidadãs e a proteção de suas vidas. “É surreal. O Governo manda Projeto de Lei criando novos cargos, novas secretarias, fazendo os remanejamentos necessários, mas não faz isso com a Secretaria da Mulher. Essa pasta é muito importante e precisa, urgentemente, ser considerada prioridade”, finalizou a deputada.

Fonte e foto: Ascom da deputada