O deputado federal Bosco Costa (PL) está entre os parlamentares denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e organização criminosa em esquema de desvio de recursos de emendas. Além de Bosco, são investigados os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA).
Segundo a PGR, os três parlamentares fazem parte de um esquema que desviou parte dos recursos destinados à Prefeitura de São José de Ribamar (MA). Eles teriam pressionado o prefeito da cidade a devolver parte dos valores enviados, mais de R$ 1 milhão.
Investigadores destacaram que Bosco Costa, apesar de ser do estado de Sergipe, destinou uma emenda de R$ 4 milhões à prefeitura da cidade maranhense. O objetivo era que o valor, que equivale a 25% do total, retornasse ao trio em dinheiro vivo, de acordo com a apuração.
A denúncia ainda aponta que eles teriam usado um grupo armado, extorsões e saques em dinheiro vivo para desviar as emendas parlamentares, e um agiota teria ajudado no esquema.
O inquérito contra os três bolsonaristas foi aberto em 2021, em meio ao “Orçamento Secreto”, mecanismo de distribuição de emendas sem transparência. Eles foram alvos de uma ação a Polícia Federal que apurava esquema de desvio de recursos para cidades no interior no Maranhão no ano seguinte.
O caso está em sigilo no Supremo e sob relatoria o ministro Cristiano Zanin, que abriu um prazo para manifestação das defesas dos parlamentares. O processo deve ser levado a julgamento na Primeira Turma da Corte.
Fonte: Site DCM