O presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado Luciano Bispo (MDB), foi o entrevistado, nesta quinta-feira (4), na Rádio Fan/FM pelo radialista Narcizo Machado. Entre os vários assuntos, o emedebista destacou o resultado das eleições municipais de 2020, os possíveis nomes para a chapa majoritária em 2022, o aumento de leitos de UTIS em Sergipe, a distribuição de vacinas e as eleições para a presidência na Câmara e no Senado. Luciano também falou sobre aos pedidos de decreto de calamidade pública feita por prefeitos sergipanos.
Questionado sobre o resultado das eleições de 2020, já que possui grande liderança na maioria dos municípios sergipanos, o presidente da Alese disse que os números foram favoráveis ao agrupamento do qual faz parte.
“O saldo das eleições 2020 foi muito positivo, até mesmo em Itabaiana, apesar de o eleitor não ter escolhido o nosso candidato (temos que respeitar), confirmamos nossa força. No geral, o governador Belivaldo Chagas mostrou um crescimento muito grande como líder. Ele é uma revelação na política sergipana, tem muita força popular pelo seu comportamento e sua maneira de ser; um homem de palavra. Tem um perfil às vezes é duro, mas é honesto e sincero”, afirma.
Eleições 2022
Indagado pelo radialista se já está pensando nas eleições governamentais em 2022 e se vai permanecer no partido, Luciano Bispo foi enfático:
“Eu vejo muita dificuldade em continuar no MDB. Quanto aos nomes, na minha opinião em agosto e setembro deste ano deveríamos definir os candidatos da chapa majoritária. Eu sou um homem de grupo, vou para onde o grupo for. Estarei junto com Belivaldo Chagas, Jackson Barreto, Laércio Oliveira, Fábio Mitidieri, Edvaldo Nogueira. Hoje sou candidato a deputado estadual, mas se me indicarem para outro cargo eu topo, a exceção de deputado federal”.
Erros e acertos na esfera federal
Ao fazer uma avaliação sobre o Governo Federal, Bispo disse que a gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro deixou muito a desejar com a pandemia do novo coronavírus.
“Bolsonaro errou feio na questão da pandemia, fez igual ao que o presidente dos Estados Unidos fez; agora é que está admitindo a importância das vacinas contra a Covid-19. Se ele tivesse agido diferente, a situação estaria melhor; ninguém tem melhor estrutura no mundo de distribuir vacinas do que o Brasil. Bolsonaro deu um passo muito grande errado”, ressalta.
Sobre as eleições para a presidência da Câmara e do Senado Federal, Luciano Bispo entende que Bolsonaro acertou em cheio.
“Ele fez o que devia já ter feito que é viver bem com o Congresso, pois é a sustentação. Rodrigo Maia perdeu porque quis ser maior do que o Executivo. Cada um no seu quadrado; os poderes devem estar se ajudando e não um atrapalhando o outro. Nem tudo se concorda, mas é importante dialogar para chegar a um consenso, sem extremismo e com respeito aos adversários”, acredita.
Convivência na Alese
O presidente disse que na Assembleia Legislativa de Sergipe, convive bem com os servidores e todos os parlamentares, independente de sigla ou posição partidária. “A gente convive bem com os deputados tanto da situação quanto da oposição. Sempre tratei a Assembleia como a Casa dos Iguais; eu não tenho vaidades até porque o poder é passageiro. Tenho honra de ser o presidente da Assembleia e falo com todos”, observa.
Pandemia em Sergipe
Respondendo a um ouvinte sobre a providência de respiradores pelo Governo do Estado durante a pandemia, o presidente da Alese lembrou que no início, Sergipe tinha um número reduzido de especializados para Unidade de Tratamento Intensivo.
“Dizer que não foram providenciados respiradores para Sergipe e criticar a atuação do governador é uma injustiça porque Belivaldo foi esplêndido. Ele aumentou o número de leitos de UTI (de 28 para 220), o que fez com que não Sergipe não tivesse um colapso. O governador foi muito eficaz no momento da pandemia”, reconhece.
Calamidade Pública
Sobre os decretos de calamidade pública solicitados pelos prefeitos durante a pandemia e que valeram até dezembro de 2020 e renovação foi cobrada pelo deputado Georgeo Passos (CIDADANIA) na sessão da última quarta-feira, 3, Luciano anunciou que vai conversar com o governador Belivaldo Chagas.
“Vamos articular com o Governo para discutir esse assunto nos próximos dias. Alguns pedidos dessa emergência foram motivados pela crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 e outros pedidos tiveram como objetivo, minimizar os efeitos causados pela seca nos municípios”, adianta informando que vai pedir à Secretaria Geral da Mesa Diretora, a criação de um protocolo para que sejam analisados os pedidos dos prefeitos.
Fonte e foto: Alese/SE