Um novo conserto de emergência na Adutora do Semiárido deixou, nesta quarta-feira (29), oito municípios sergipanos e vários povoados sem água tratada nas torneiras. De acordo com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a manutenção corretiva de emergência está sendo feita no bombeamento da Estação Elevatória 2A daquela problemática adutora.
Por conta disso, está sem água os municípios de Carira, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, São Miguel do Aleixo, Pedra Mole e Pinhão, além dos povoados Queimadas, Lagoa da Mata, Salgado, Caenda, Velame e Malhada das Capelas, localizados nos municípios de Gararu e Ribeirópolis.
A assessoria de comunicação da Deso informou que após a recuperação do sistema, prevista para às 17 horas desta quarta-feira, a água retorna às torneiras gradualmente, assim que os reservatórios atingirem seus níveis máximos e as tubulações das redes de distribuição estiverem pressurizadas, podendo levar até 48 horas para chegar às localidades mais afastadas ou elevadas.
Não tem conserto
Oficialmente, a Deso diz não saber o que causa os constantes problemas naquela adutora, porém, à boca miúda, engenheiros garantem que o motivo é o material usado: tubos de RPVC (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro). Segundo eles, era para ser utilizada tubulação de aço, porém havia uma exigência em Brasília para que os canos fossem de RPVC, à base de resina poliéster, fibras de vidro, cargas minerais e aditivos.
Com 56,2 quilômetros de extensão, a adutora sai de Porto da Folha, a 190 quilômetros de Aracaju – ao lado da Adutora do Alto Sertão – atravessa o município de Gararu e chega ao reservatório em Nossa Senhora da Glória, localizada a 126 quilômetros da capital.
O flutuante de captação de água no Rio São Francisco tem capacidade de bombear 300 litros de água por segundo. Até chegar à Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada também em Porto da Folha, a tubulação de 600 mm percorre quase seis quilômetros de extensão transportando água bruta que passa pela primeira das três estações elevatórias que estão implantadas ao longo do percurso da adutora.