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Discussão salarial de comerciários na estaca zero

Reunião de empregadores e comerciários na Superintendência do Trabalho não avança

Não houve avanços em mais uma rodada de negociações das convenções coletivas de trabalho dos comerciários e serviços de Sergipe. Em reunião sob a mediação da superintendência regional do Trabalho e Emprego, o setor patronal se mostrou insensível às demandas da categoria. “É lamentável e preocupante a situação dos trabalhadores e trabalhadoras desses ramos de atividades, algo nunca visto até hoje”, reagiu Ronildo Almeida, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse).

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a manutenção de cláusulas das convenções coletivas vigentes, recomposições salariais e discussão de algumas cláusulas novas que se fazem necessárias. Após a reunião com os empregadores, Ronildo Almeida afirmou que as entidades sindicais dos trabalhadores continuam abertas ao diálogo para discutir jornada de trabalho, feriados, horas extras, piso da categoria, reajustes salariais e condições de trabalho. “A classe trabalhadora mantém as portas abertas para os entendimentos e as negociações”, observa.

Salários achatados

De acordo com o líder classista, os salários dos trabalhadores estão achatados, as jornadas de trabalho são excessivas, há um total descumprimento da legislação no que tange a jornada da mulher, sem falar na pressão psicológica que causa doenças. ´”É uma vergonha o que a categoria está passando”, protesta em Ronildo. Para o dirigente sindical, faz-se necessária uma negociação urgente, que traga respeito e dignidade para toda categoria, já que a data-base da maioria dos setores é janeiro e a pauta de reivindicação foi entregue ao patronato desde o ano passado.

“Nada justifica o momento pelo qual estamos passando, e ainda por cima tentam nos obrigar a trabalhar nos feriados. É preciso recuperar o respeito e o tratamento digno, não podemos ser tratados como objetos, como um nada”, pontua Ronildo. Ele lembra que são as trabalhadoras e trabalhadores que fazem movimentar a economia, gerando lucros para os patrões. “Estamos regredindo no tempo, vivendo mal, perdendo o poder de compra. Não é concebível vivermos essa situação, de descaso e desrespeito. Precisamos de salários dignos e vida decente, inclusive, acabando com essa escala de trabalho 6X1, que tanto humilha a classe trabalhadora”, frisou.

Para Ronildo Almeida, é preciso sentar à mesa de negociações com respeito e sensibilidade e fechar as convenções coletivas de trabalho, trazendo paz e respeito para todos. “Os trabalhadores e as trabalhadoras, como sempre, deram sua contribuição para o bom funcionamento das empresas. Não estamos pedindo favor, mas o pagamento das dívidas que o setor patronal tem com os seus empregados. Queremos salários justos e vida além do trabalho”, pondera Ronildo Almeida.

Foto: Márcio Garcez

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