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Domingo é dia de Cosme e Damião

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Neste domingo (27), festeja-se São Cosme e São Damião. Segundo a Igreja Católica, os dois foram médicos, e sua santidade é atribuída pelo motivo de haverem exercido a Medicina sem cobrar por isso. Ambos também são considerados padroeiros dos gêmeos e das crianças. Os seguidores da tradição festejam a data distribuindo brinquedos, guloseimas e caruru, comida feita à base de quiabo e camarão.

Por conta das comemorações para Cosme e Damião, a demanda pelo quiabo cresce de forma considerável neste período. Mas graças aos produtores do perímetro irrigado Califórnia, em Canindé do São Francisco, o que não tem faltado é o produto nas bancas dos mercados, feiras livres e dos supermercados, não só de Sergipe, mas da Bahia e Alagoas, para onde o quiabo também é vendido. Hoje cedo nas feiras livres de Aracaju 15 unidades do produto estavam sendo vendidas por R$ 2, um bom preço.

O perímetro irrigado, gerenciado pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), por meio da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e de Irrigação (Cohidro), atualmente é o maior produtor de quiabo de Sergipe, com uma média de produção em torno de 80 toneladas por dia.  A importância desse vegetal de origem africana é tão grande em Canindé, que o município realizou agora em setembro a tradicional Festa do Quiabo, reunindo sergipanos de várias partes do estado e milhares de turistas, que aproveitam para experimentar da culinária à base do produto.

Embora seja um dos principais ingredientes, o quiabo precisa da companhia de outros alimentos para que o prato fique saboroso. Portanto, a receita de um gostoso caruru exige generosas poções de camarão, castanha, gengibre, amendoim, azeite de dendê, leite de coco, cebola e tempero a gosto. Alegria e braço forte pra mexer o caruru! Todos esses ingredientes são facilmente encontrados nos mercados centrais de Aracaju e nas feiras livres espalhadas pelos bairros da capital.

Quem são

Os gêmeos árabes Cosme e Damião eram filhos de uma nobre família de cristãos. Nasceram por volta do ano 260 d.C., na região da Arábia e viveram na Ásia Menor, no Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina, profissão a qual se dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria.

Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos, e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia. Não cobravam pelas consultas e atendimentos que prestavam, e por esse motivo eram chamados de “anárgiros”, ou seja, “aqueles que são inimigos do dinheiro, que não são comprados por dinheiro”. Também preocupavam-se em curar animais.

No Candomblé e na Umbanda, o dia de Cosme e Damião também é 27 de setembro. Nessas crenças, eles são conhecidos como os orixás Ibejis. São filhos gêmeos de Xangô e Iansã. Os devotos e simpatizantes têm o costume de fazer caruru, uma comida típica da tradição afro-brasileira, chamado também de “Caruru dos Santos” e “Caruru dos sete meninos” que representam os sete irmãos (Cosme, Damião, Dou, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi), e dar para as crianças.

São Cosme e Damião também são considerados protetores dos gêmeos e das crianças. Por isso, as pessoas criaram o costume de distribuir os doces para homenagear os santos ou cumprir promessas feitas a eles.

 (Crédito/Extra)

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