A primeira pessoa no Brasil que morreu após ter sido reinfectada pela covid-19 era de Sergipe. Segundo matéria publicada nesta quarta-feira (17) pelo portal Uol, tratava-se de um farmacêutico sergipano de 44 anos. O estudo confirmando o óbito por reinfecção ou recidiva (quando o vírus de uma mesma infecção volta a atacar o corpo) foi publicado, na última sexta-feira (12), por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe no Journal of Infection.
“O paciente que morreu atuava em um hospital de urgência de Aracaju e teve o primeiro teste RT-PCR (considerado o padrão ouro de testagem) positivo feito no dia 8 de maio de 2020. Após nove dias de sintomas leves, ele voltou às suas funções normais. Não houve necessidade de internação”, revela o portal de notícia. Exato um mês depois, o farmacêutico voltou a apresentar sintomas de covid-19. No dia 13 de junho, fez outro teste RT-PCR, que deu positivo. Dessa vez, porém, a doença se apresentou de forma grave: ele foi internado e morreu no dia 2 de julho.
De acordo com o Uol, não se sabe se trata-se de uma reinfecção ou de uma recidiva (quando o vírus de uma mesma infecção volta a atacar o corpo. O artigo assinado pelos pesquisadores da UFS ainda traz o relato de 32 casos de recorrência da doença entre pacientes que atuam como profissionais de saúde em Sergipe, inclusive um caso comprovado de reinfecção por linhagens diferentes no Brasil, ocorrido em julho de 2020, que seria o primeiro do país.
Vírus associado à morte
“É um resultado importante porque o vírus está associado à morte numa recorrência. No primeiro episódio foi um caso bem leve. Ele voltar a apresentar sintomas da doença nesse intervalo já é algo incomum, e com o desfecho morte é inédito”, afirma Roque Pacheco de Almeida, chefe do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular do Hospital Universitário de Sergipe. O cientista, que é doutor em imunologia celular e um dos líderes do estudo, afirma que não é possível saber se o caso se trata de uma recidiva ou de uma reinfecção, já que não foi possível isolar o vírus da primeira amostra de maio.
Fonte: Portal Uol