“Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”.
A frase é do excelentíssimo senhor presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, dita hoje, em meio a risos, sobre a repórter da Folha de S.Paulo, Patrícia Campos Mello, sustentando o que o depoente Hans River afirmou na CPMI, sem provas, que a jornalista queria informações para uma matéria em troca de sexo.
A repercussão:
Leonardo Sakamoto – Ao afirmar, de forma inconcebível para o líder de uma democracia, que uma jornalista ofereceu sexo em troca de informações, ele reforça a percepção de que é incapaz de ocupar a Presidência da República. Apesar de seu comportamento agressivo, egocêntrico, pouco empático e sem remorso demonstrar psicopatia, ele mostrou mais uma vez que usa, compulsivamente, o cargo de forma racional e consciente para cometer crimes contra aqueles que enxerga como adversários e para defender sua família.
Vera Magalhães – A que ponto de degradação se pode chegar? Onde está a reação das instituições?
Vinicius Duarte – O cara já tinha dito a uma deputada que ela não merecia ser estuprada por ser feia. Respondeu à repórter da Folha que usava o auxílio moradia pra “comer gente”. Soltava um comentário sexista por dia naqueles programas de TV. Mas quem poderia prever tal degradação, não é mesmo?
Thais Herédia – E a risada da claque? Como chegamos até aqui? Além dos absurdos (e abusos) do Presidente da República, vemos escancarada a vulgaridade, a desavergonhada imoralidade (amoralidade?) de tanta gente.
Sâmia Bomfim – Jair Bolsonaro é o típico machão. Covarde, inseguro e consciente de sua incompetência, tem na misoginia e na violência as válvulas de escape para seus ódios profundos. É um sub-homem que fracassou como militar, como político e como pai. É um infeliz.
José Trajano – Dá ânsia de vômito! Um sujeito asqueroso, vil, medonho.
Fernando Haddad – Um ser abjeto na presidência da República. Bolsonaro insulta repórter da Folha com insinuação sexual. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]”
Guilherme Boulos – Bolsonaro é um covarde. Usa sua posição de poder para ofender e humilhar uma mulher. Toda solidariedade a @camposmello, que exerce o jornalismo com dignidade e independência.
Leandra Leal – Cruzamos o limite da decência desde o dia em que um deputado elogiou um torturador. Durante toda a campanha ouvimos falas racistas, machistas, homofóbicas. Cruzamos a fronteira qdo acharam que isso não era sério. Eu não entendo que surto foi esse.
Kennedy Alencar – Bolsonaro não ultrapassou limite nenhum. Não há surpresa. Misoginia dele é antiga e sabida. Sempre foi baixo, ignorante, despreparado. Mas agora é perigoso. O problema é agir com tanta indignidade na Presidência, porque emite sinal pra liberar selvageria. Hj cometeu mais um crime.
José Simão – Atributos de um presidente: misógino, casca grossa, vulgar,brucutú, cavalo e desqualificado! Aguardo aquela enxurrada de comentários homofóbicos!
Eliane Cantanhêde – Hoje estou com vergonha e raiva do que o presidente do meu país falou. Não é contra uma jornalista, uma mulher, é contra nós, mulheres.
Rodrigo Vianna – Qdo era deputado, Bolsonaro: – idolatrou torturador; – defendeu estupro; – ameaçou metralhar adversários. Isso tudo ANTES da eleição. Mas o jornalismo “profissional” tava preocupado em apoiar o Golpe, idolatrar Moro e prender Lula. Bolsonaro é filho de Doras, Veras e Mervais.
Dora Kramer – Bolsonaro infringe artigo 9 da lei do impeachment que fala do indispensável decoro no exercício do cargo