Para reduzir o contato físico e o risco de transmissão do novo coronavírus, é provável que a identificação dos eleitores por meio da biometria seja dispensada nas eleições deste ano. A informação foi dada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luis Roberto Barroso, durante videoconferência com os presidentes dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Ele adiantou que buscará a colaboração da iniciativa privada para a doação de máscaras, álcool em gel e demais itens de segurança que possam garantir, sem mais custos para os cofres públicos, eleições sem riscos para todos.
O ministro se disse confiante de que a tarefa de organizar e conduzir o pleito municipal de 2020, apesar de dura, será cumprida com perfeição pela Justiça Eleitoral. “As eleições não serão fáceis, mas com alegria e serenidade seremos capazes de realizá-las com sucesso”, afirmou. Luís Roberto Barroso disse que é possível que as eleições, inicialmente previstas para ocorrerem em outubro, precisem ser adiadas para novembro e dezembro. Segundo ele, o Congresso Nacional já está estudando a hipótese de que o 1º turno da votação para prefeitos e vereadores ocorra no dia 15 de novembro e, o segundo, no dia 6 de dezembro.
O presidente do TSE fez um apelo aos presidentes dos TREs para que se empenhem em dois pontos que considera essenciais para a organização das Eleições Municipais de 2020: a manutenção e o remanejamento das urnas eletrônicas. Barroso pediu que os Tribunais Regionais se assegurem de que a manutenção preventiva das urnas eletrônicas sob sua responsabilidade não seja interrompida ou comprometida em virtude da pandemia de Covid-19. Isso porque, segundo ele, ter essas urnas em pleno funcionamento é muito importante, considerando-se que está atrasada a licitação para a compra de novos equipamentos e a reposição dos que já se tornaram obsoletos.