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Em Sergipe, plantar batatas é um negócio muito lucrativo

A batata-doce está presente nas refeições cotidianas

Em vários municípios de Sergipe a expressão “vá plantar batatas” não incomoda ninguém, pois é o que boa parte da população faz de fato. Tanto isso é verdade, que o estado ocupa o primeiro lugar no Nordeste em produção de batata-doce.  Itabaiana, Moita Bonita e Ribeirópolis são os principais produtores. Os principais municípios produtores de batata-doce garantem o abastecimento interno e externo. No agreste sergipano, Itabaiana lidera com uma produção média de 21 mil toneladas

Fonte de energia, minerais e vitaminas, a batata-doce pode ser consumida cozida, assada, frita, ou ainda na forma de doces. Os brotos e as ramas também podem ser consumidos na alimentação humana. Na indústria, a batata-doce é matéria prima para a produção de doces (marromglacê), pães, álcool e amido de alta qualidade, usado na fabricação de tecidos, papel, cosméticos, adesivos e glucose. As batatas e as ramas podem, ainda, ser destinadas à alimentação animal, principalmente de bovinos e suínos, seja in natura ou como silagem.

Produção dobrada

Atentos aos diferentes paladares e ao bolso dos sergipanos, que cada vez mais consomem batata-doce, os agricultores dos cinco perímetros irrigados de vocação agrícola, mantidos pelo governo de Sergipe, conseguiram dobrar a produção da raiz tuberosa de um ano para o outro, chegando às 21,8 toneladas em 2021 e destacando a batata-doce como o produto mais colhido pelos irrigantes. Itabaiana, que tem os perímetros irrigados Poção da Ribeira e Jacarecica I, liderou esta produção, fornecendo 17,5 toneladas do produto ao mercado.

As variedades de batata-doce exploradas nos perímetros de irrigação são muitas. Tem a ourinho, a mais rara e cara; têm a branca e a roxa-branca, as mais comuns. Mas tem agricultor que aposta em tipos diferentes para agradar aos consumidores mais exigentes, como as batatas-doces com polpas cor de cenoura, apelidada de ‘cenourinha’ e roxa, semelhante à beterraba.

Sucesso em Canindé

E 2021 também foi o ano em que se consolidou a produção de batata-doce no mais longínquo e desafiador dos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro): o Califórnia, em Canindé de São Francisco. Lá, o calor Alto Sertão e o solo mais rígido, dificultam o crescimento dos tubérculos da batata-doce. Gilson Jesus é um dos agricultores pioneiros no perímetro Califórnia a arriscar o cultivo. “Planto macaxeira, quiabo, inhame e batata o ano todo. Eu consigo arrancar de 80 a 100 caixas de batatas por semana”, revela Gilson.

A batata-doce está presente nas refeições cotidianas – lado a lado com a macaxeira e o inhame, todos produzidos dentro dos perímetros irrigados estaduais – faz parte do grupo de alimentos bem-aceitos no café da manhã e da noite (jantar) do sergipano. Cozida, é recomendada por nutricionistas para quem faz dieta de perda de peso ou de ganho de massa muscular. A parte aérea da planta da batata-doce é um item à parte do leque de vantagens para o bataticultor. É que uma parte destas ‘ramas’ arrancadas na colheita dos tubérculos é usada para plantar outras lavouras de batata-doce. A rama que não for utilizada como ‘semente’, é um alimento rico em proteína e largamente usado na nutrição animal.

Fonte e foto: Ascom/Cohidro

 

 

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