Por maioria de votos, a Câmara Municipal de Aquidabã (SE) aprovou o impeachment do prefeito interino Diogo de Euriquinho (PSD), acusado de praticar pedaladas fiscais. Chamou a atenção o fato de a sessão do Legislativo ter ocorrido em pleno sábado (28) e faltando apenas três dias para o fim do mandato. Na condição de vice, o pessedista assumiu o comando da Prefeitura em agosto passado, após a Justiça ter afastado o titular Mário Lucena (Republicanos), investigado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Por ampla maioria, os vereadores aprovaram, nesse sábado (28) o parecer final da comissão processante instaurada para apurar denúncias de pedaladas fiscais que teriam sido praticadas pelo prefeito interino, que também foi declarado inelegível por oito anos. Ressalte-se que Diogo disputou e perdeu as eleições de outubro passado. Com a decisão, a presidente da Câmara, vereadora Tânia de Valter (PT), assumirá a Prefeitura para cumprir um mandato de apenas três dias. A defesa do gestor já anunciou que vai recorrer à Justiça contra a decisão dos vereadores.
As acusações contra Diogo de Euriquinho foram fundamentadas na prática das chamadas “pedaladas fiscais”. O relatório da comissão processante apontou que, em um curto período à frente da gestão, ele violou a Lei de Responsabilidade Fiscal ao anular despesas já empenhadas e liquidadas sem apresentar justificativas legais, comprometendo a transparência exigida por lei nos portais e sistemas públicos. A comissão processante também alegou ter identificado alterações no orçamento público realizadas sem a devida autorização legislativa, configurando graves infrações administrativas.
Por Destaquenotícias (Foto: Rede social)