A mais recente novidade da Embrapa é o abatedouro móvel para suínos, que funciona em um container adaptado e instalado em um caminhão para auxiliar pequenos suinocultores a realizar abates respeitando padrões de sanidade e bem-estar animal. Desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves e pela empresa Engmaq, a instalação ajuda a diminuir o custo da atividade e permite que produções em pequena escala tenham legalização fiscal e possam até ser vendidas para outros municípios ou estados.
Na chamada “área suja”, o abatedouro móvel de suínos conta com equipamento para insensibilização dos animais, mesa com calha de sangria, tanque de escalda com termostato, depiladeira e área para toalete (raspagem final dos pelos) e remoção do ouvido médio (para evitar contaminações na carne). Já na “área limpa”, de circulação restrita, há um local para evisceração e corte da carcaça além de mesa para inspeção das vísceras.
Após o corte, as carcaças seguem para a câmara fria, estrutura que pode ser móvel ou fixa. As áreas “suja” e “limpa” têm entradas exclusivas e, em cada uma delas, há uma pia para higienização. Há também esterilizadores de facas. O deslocamento da carcaça no seu interior para a câmara fria é feito por uma nória (gancho móvel que corre em trilhos no teto).
Abate 80 suínos por dia
Na configuração apresentada pela Embrapa e Engmaq, a instalação tem uma capacidade de abate de 80 suínos com até 130 kg de peso vivo em uma jornada diária de oito horas, contando com sete operadores. Trabalhando em sua capacidade máxima, em uma única estrutura, é possível realizar o abate de até 19 mil suínos por ano.
O abatedouro precisa ser tracionado por um caminhão tipo “cavalo rebocador” para ser transportado entre os pontos de produção. Esses locais devem ter uma estrutura de apoio para a operação, imprescindível para o bom funcionamento da tecnologia e para o cumprimento integral das leis e normas nacionais de licenciamento ambiental e sanitário.
Fonte e foto: Embrapa