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Tabalhadores dos Correios permanecem de braços cruzados

Grevistas protestam contra retirada de 70 cláusulas dos acordo coletivo da categoria

Funcionários dos Correios decidiram manter a greve por tempo indeterminado. O movimento terá continuidade por causa da decisão de sexta-feira (21) do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, de forma definitiva, o acordo coletivo dos trabalhadores da estatal. A pedido da empresa, uma liminar com esse teor já havia sido concedida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, em 1º de agosto, mas o plenário virtual do Supremo julgou para confirmar a decisão.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Findect), a direção da estatal propôs a retirada de 70 cláusulas que envolvem direitos da categoria. A lista inclui benefícios como vale-alimentação, vale-cultura, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.

A Findect entende que a greve crescente é o único mecanismo para que os trabalhadores possam reivindicar direitos e acordos coletivos dignos para a categoria. Com a decisão do STF, os empregados e a empresa vão ter de discutir novo acordo coletivo junto ao TST (Tribunal SUperior do Trabalho) e começar nova campanha salarial. A entidade alega que 70% do efetivo está sem trabalhar – seriam 70 mil trabalhadores. Com a suspensão do acordo, os funcionários podem chegar a perder 40% do salário.

Mutirão na greve

Em meio à greve, a estatal iniciou no sábado um mutirão de entregas para reduzir os impactos da paralisação dos empregados e evitar novos prejuízos. Segundo a empresa, a rede de atendimento segue aberta em todo o país e os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam ativos. Mas as postagens com hora marcada, suspensas desde o início da pandemia, ainda estão indisponíveis. “A Coleta Programada não sofreu alteração, assim como a Logística Reversa, que permanece operando normalmente em nossas agências, bem como o serviço de telegrama, que continua sendo prestado com um acréscimo de um dia ao prazo previsto de entrega”, afirmou a direção dos Correios.

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