Polícia acaba festa e leva participantes para a delegacia
23 de julho de 2020
Sergipe é o 4º estado que menos consome água
23 de julho de 2020
Exibir tudo

Descarte de sapatos acaba em tumultuo no calçadão

A aglomeração em frente da loja só acabou com a chegada da Polícia

Uma grande aglomeração se formou, nesta quinta-feira (23), em frente à loja Couro Artes, no centro de Aracaju. Tudo porque o empresário Edmundo Xavier anunciou o descarte de cerca de 350 pares de sapatos, que ficaram estragados porque ele teve que fechar o estabelecimento em respeito ao isolamento social determinado pelo governo para conter a Covid-19. A confusão só acabou com a chegada da Polícia e a decisão de Edmundo de suspender o descarte dos calçados.

Ao anunciar antecipadamente o descarte dos sapatos, que custavam entre R$ 25 a R$ 250, Edmundo Xavier afirmou que não se tratava de um protesto e nem doação: “É porque não posso vendê-los. Com a loja fechada há tanto tempo, os calçados mofaram, a cola tem validade. Esse estoque está lá há mais de quatro meses. Choveu recentemente e como minha loja fica vizinha a um terreno baldio, a umidade passou para os sapatos. Criou mofo, bolor e não vou vender esse tipo de mercadoria”, explicou.

A confusão em frente à loja só foi controlada com a chegada da Polícia Militar

Descarte suspenso

A informação foi divulgada pela imprensa, despertando a atenção das pessoas, que se deslocaram de vários pontos da capital. Logo cedo, começou a ser formar uma aglomeração em frente da loja. Tão logo o empresário anunciou que iniciaria o descarte, começou o empurra-empurra. Diante da confusão, a Polícia foi chamada e Edmundo desistiu de continuar com a operação. Entrevistado pelo radialista Alex Carvalho, o empresário disse que vai entrar em contato com a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura para que seja feita a distribuição dos calçados com famílias necessitadas.

“Nós somos comerciantes geramos emprego e renda. Mas chega o momento de darmos um basta. Para mim, esgotou. Estamos sendo tratados como marginais, como bodes expiatórios para os problemas da covid-19. Não sou marginal, sou trabalhador”, destacou. Edmundo tem o empreendimento há 20 anos e, pela primeira vez, se encontra numa situação desse tipo, com a loja fechada há quatro meses e sem renda. Para sobreviver, conseguiu um empréstimo no banco, “que não foi a linha de crédito anunciada pelo governo federal”, afirma.

Com informações do Portal Só Sergipe (Foto: Alex Carvalho)

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *