Empresários sergipanos têm recorrido às linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), lançadas no mercado por orientação do governo Belivaldo Chagas (PSD) visando colaborar com a economia nesta crise provocada pela pandemia da Covid-19. Os irmãos Fábio e Flávio Santos, fundadores da Embalacenter Distribuidora, que atua em 70 municípios e gera mais de 150 empregos diretos, estão entre os beneficiados pelas linhas de crédito oferecidas pelo banco.
Totalizando R$ 500 milhões em investimentos, as linhas de crédito emergenciais foram anunciadas no início do mês de abril, graças a uma ação integrada entre o Governo do Estado e o Banese, objetivando atender as demandas das micro, pequenas, médias e grandes empresas. O benefício também se estende a quem atua na informalidade. O empresário Fábio Santos disse ter procurado o empréstimo para fortalecer o caixa da Embalacenter Distribuidora nesse momento de pandemia, com o intuito de captar recursos para capital de giro. “O nosso desejo é continuar gerando emprego, renda e desenvolvimento econômico e social nas regiões que atuamos”, conta.
Banese colocou à disposição da setor empresarial as linhas de crédito PróGiro Emergencial (R$ 250 milhões para capital de giro para pessoa jurídica e nove meses de carência, podendo chegar a 36 meses de amortização, com taxas a partir de 0,90% ao mês); Desenvolve Banese (R$ 200 milhões para capital de giro para pessoa jurídica; 12 meses de carência e 72 meses de amortização); e Fundo de Aval (R$ 50 milhões, especialmente para pequeno empreendedor informal e autônomos; carência de 12 meses e prazo máximo de amortização de 60 meses. Início em 13 de abril).
Gerência emergencial
Também foi disponibilizada a Carência Emergencial Banese, que estabelece a prorrogação de vencimentos das prestações mensais, com juros distribuídos no restante do contrato. O público alvo é pessoa jurídica e profissional liberal com contratos preexistentes, vigentes e adimplentes. A carência é de dois a seis meses.
Para adquirir uma das linhas de crédito, o empresário sergipano precisa entrar em contato com o gerente de sua conta ou fazer agendamento pelo site para obter informações e detalhes de cada linha de crédito oferecida pelo banco. No caso de fundo de aval, o trâmite é todo virtual, através do FBanking no site do Banese.
Há quatro anos, a empresária Anne Danielle Ferreira Costa administra a Edmundo Casa e Construção, que já está no mercado sergipano há 36 anos. Segundo Anne, o crédito trouxe maior conforto para o negócio neste momento de crise. “O empréstimo possibilitou pagar as contas e os funcionários e garantir o estoque básico. Além disso, o Banese tem ajudado com outras facilidades como a redução da taxa do parcelamento e o cheque especial com uma taxa bem baixa. Isso vem fazendo uma grande diferença. Fiz minha conta no início do ano e fui muito bem recebida, me deram várias opções. Tenho indicado para todos”, afirma.
Soube pela televisão
Já o microempreendedor José Carlos dos Reis, proprietário do Quiosque do Carlinho, que iniciou suas atividades há um ano, conta que ficou sabendo pela televisão sobre a oportunidade de empréstimo e não tardou a entrar em contato com o Banese. “É uma ajuda boa. Fechamos 2019 e entramos 2020 devendo, então vamos usar o dinheiro para pagar o que ficou pendente e reativar o estoque, ampliar. Mesmo fechado, temos que pagar nossos funcionários, ajudar a quem ajuda a gente. Consegui um bom tempo de carência também para pagar a primeira parcela. É interessante porque outros bancos dão 30, 40, 60 dias, mas em uma situação dessas que estamos vivendo acaba sendo pouco e fica pesado para a gente”, explica José Carlos.
Outro exemplo de como o crédito do Banese está sendo bem recebido vem da empresa Inspiração Gás e Engenharia, especializada em Instalação de Gás encanado para empreendimentos comerciais e residenciais. A sócia Ivanline Araújo aponta que a medida veio na hora certa. “Solicitamos uma linha de crédito e conseguimos a tranquilidade que buscávamos para seguir com os novos projetos e garantir que todos os funcionários recebessem em dia. Saber que podemos contar com o Banese no momento que mais precisamos é de extrema importância para o desenvolvimento da empresa, para geração e manutenção dos empregos e para o desenvolvimento do Estado”, relata.
Fonte e foto: Secom/GS