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Enchente não afeta atividades no Campus de Laranjeiras

Laranjeiras sofreu uma enchente que atingiu o Campus da UFS na quarta-feira

As poucas atividades desenvolvidas pela Universidade Federal de Sergipe em Laranjeiras neste momento não estão prejudicadas e o retorno às atividades acadêmicas não estará ameaçado por conta do transbordamento do rio Cotinguiba, que inundou a parte histórica da cidade atingindo o Campus da UFS.

A chuva que começou na segunda-feira se intensificou na terça e, na madrugada da quarta-feira, dia 20, aconteceu a enchente. Mais de 60 famílias ficaram desalojadas e o comércio local sofreu grande prejuízo.

“A água entrou no Campus, o hall encheu, o auditório também, assim como a parte externa, mas por sorte a água não atingiu os nossos laboratórios, houve só um pouco de água no chão. Na parte do campus onde nada foi atingido estão justamente as nossas reservas técnicas, os laboratórios, o acervo de arqueologia, de museologia, isso tudo está protegido. Nossas reservas técnicas estão preservadas”, informou o diretor do Campus Laranjeiras, professor Gilson Rambelli.

O estrago maior foi no auditório e no hall, mas no outro lado da rua a Biblioteca do Campus também foi atingida. “Por sorte o vigia e o pessoal da limpeza tiraram os livros da parte de baixo das estantes. Então, quando a água entrou forte na Biblioteca, eles tinham retirado praticamente tudo que estava nas partes baixas. A bibliotecária verificou algum estrago de livros que estavam nas salas para catalogação, mas a perda foi mínima”.

Assim que foi informado do problema, o vice-reitor Valter Joviniano de Santana acionou a Superintendência de Infraestrutura (Infraufs) e logo cedo o diretor do Departamento de Manutenção (Deman), Rodrigo Melo Nunes, já estava acompanhando o diretor e a vice-diretora do Campus, professora Sara França, assim como os terceirizados, nas soluções imediatas, desligando a eletricidade e levantando o que ainda tinha para retirar do alcance das águas caso a enchente voltasse.

Força-tarefa

Depois, Gilson Rambelli retornou com uma força-tarefa, liderada pelo pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Mário Adriano, com o diretor da Proest, professor Antônio Barreto, e três assistentes sociais, para localizar os alunos que moram em residências estudantis e que eventualmente tenham sofrido com a enchente. Descobriram que somete uma residência foi invadida pela água.

“A casa é de duas alunas, mas a outra está na casa dos pais. A aluna prejudicada ficou porque ela faz o mestrado. Estava sendo amparada por amigos que moram em outra casa que não teve inundação. Ela perdeu praticamente tudo e fez uma vaquinha online para os amigos ajudarem, enquanto a Universidade dará toda a assistência necessária”.

A última enchente em Laranjeiras aconteceu em 2008, quando o campus não tinha sido inaugurado. Atingiu a Biblioteca, que já existia, mas não foi tão grave quanto a que aconteceu nesta semana. Antes havia muitas enchentes, mas a Prefeitura fez um trabalho de retificação de uma das margens do rio que amenizou o problema.

Agora, o rio Cotinguiba desceu com um volume muito grande de água por conta da quantidade anormal de chuva e encontrou a maré cheia, causando o transbordamento. “Acho que pode acontecer de novo e o município tem que fazer alguma coisa, talvez mais dragagem da calha do rio, porque tem lugar que está muito raso. Pretendemos discutir isso com a Prefeitura”, disse o diretor do Campus.

Como o grosso da lama já foi logo retirado, uma equipe da Infraufs deverá ir na segunda-feira, 25, para fazer uma operação pente fino, com uma faxina mais completa. “Não há nada que possa comprometer o nosso retorno. Não teve nenhum dano e se tivéssemos que voltar já voltaríamos sem problema”, garantiu Gilson Rambelli.

(Marcos Cardoso. Foto: Whatsapp)

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