Engenharia Agronômica na UFS: 30 anos de desenvolvimento científico e compromisso social

Valter Joviniano de Santana Filho*

Neste ano de 2022, o curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de Sergipe celebra 30 anos. Dono de trajetória singular, esse curso marcou a sua história alinhando o trabalho científico ao compromisso social e a uma inconteste contribuição ao desenvolvimento regional. Em sua trajetória de três décadas, o curso formou mais de 580 profissionais, havendo contribuído para a criação do Centro de Ciências Agrárias Aplicadas (CCAA) e na estruturação do Campus Rural da UFS, que comporta a fazenda experimental, um espaço fundamental para o desenvolvimento de aulas práticas, pesquisas científicas e ações de extensão.

Na graduação, pilar de qualquer instituição de ensino superior, o curso chega aos 30 anos apresentando índices de excelência, assim como altas taxas de sucesso, o que é possível graças ao seu qualificado corpo docente; atualmente, composto por 22 integrantes. Além disso, os professores e as professoras que fazem o Departamento de Engenharia Agronômica (DEA) assumiram o compromisso de formar profissionais capazes de desenvolver um saber científico, crítico, reflexivo e tecnológico articulado com a resolução de problemas políticos, sociais, culturais, econômicos e ambientais de perspectiva humanística e ética. Assim sendo, docentes e estudantes se envolvem na produção de um conhecimento preocupado com as demandas da sociedade de modo a utilizar os recursos naturais disponíveis de maneira flexível, racional, criativa e equilibrada com o meio ambiente.

Dessa forma, profissionais formados no Curso de Engenharia Agronômica são qualificados para desenvolver projetos de excelência nas áreas da agroindústria, do agronegócio, da agricultura familiar e devem ser responsáveis socialmente em promover a conservação ou a recuperação da qualidade dos recursos naturais a partir de tecnologias sustentáveis. Podemos ainda citar a importância desses profissionais na produção, conservação e comercialização de alimentos e outros produtos agropecuários que atendem não apenas às necessidades econômicas da sociedade brasileira, como também seu desenvolvimento e suas transformações de cunho político e social de modo a contribuir para qualidade de vida.

Também é importante lembrar que foram docentes do DEA que criaram o Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Biodiversidade (PPGAGRI), além do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos (PRORH). Na verdade, o mérito é ainda maior, se considerarmos as participações de professores e professoras daquele departamento em pós-graduações como o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA), entre outros cursos stricto sensu ofertados pela UFS. Como se percebe, seja na graduação ou na pós-graduação, estamos formando profissionais não apenas para aplicarem suas técnicas de trabalho de maneira ética, inovadora e eficaz, mas também para assumirem responsabilidade social e protagonismo no desenvolvimento científico do nosso país.

Na UFS, essa busca por qualidade e saber científico ocorre não apenas através do ensino de graduação, mas também com atividades de pesquisa e extensão. Conforme o nosso SIGAA/UFS, nos últimos anos, foram mais de 280 projetos de pesquisa cadastrados. O resultado do trabalho articulado e contínuo, tanto de docentes quanto de discentes, foi coroado no último ENADE, quando o curso obteve o conceito 5, nota máxima no exigente exame nacional coordenado pelo INEP.

Diante de um momento tão simbólico, parabenizamos o Curso de Engenharia Agronômica pela caminhada de três décadas colaborando para o crescimento da Universidade Federal de Sergipe e para o progresso do nosso próprio estado. A gestão da UFS sabe da necessidade e da importância de discutir investimentos, de concretizar projetos e de apoiar o DEA. Esperamos que os tempos vindouros se reflitam em uma mais consistente e atenciosa destinação de recursos para a nossa instituição. E na expectativa de um melhor futuro, a certeza do trabalho no presente é a mesma: ainda que atravessando um contexto de substanciais cortes orçamentários, buscamos ações para que os bons indicadores permanecessem. Que estudantes, docentes e técnicos do DEA tenham a certeza de que contarão com o apoio necessário para seguir na trajetória de sucesso por mais e mais décadas.

*Reitor da UFS