Equoterapia da PM melhora a qualidade de vida dos beneficiários

O Serviço de Equoterapia tem mudado para melhor a realidade de diversas pessoas atendidas pela iniciativa da Polícia Militar de Sergipe (PMSE), que funciona no Parque Governador José Rollemberg Leite, mais conhecido como Parque da Cidade, na zona norte de Aracaju. No processo de equoterapia, os cavalos são utilizados como principais agentes no tratamento de reabilitação para pessoas com deficiências físicas ou intelectuais. O projeto de Equoterapia integra as atividades desenvolvidas pelo Regimento de Polícia Montada (RPMon), unidade especializada da PMSE.

Os praticantes da equoterapia chegam ao serviço de forma voluntária. Lá, são acolhidos por uma equipe multidisciplinar que auxilia na terapia. “É necessário trazer relatório médico e histórico da criança. A família vem e preenche a anamnese. Na equoterapia, temos uma equipe multidisciplinar que é composta por médicos, psicólogos e ecoterapeutas”, explicou a tenente Geane Santos.

A equipe é capacitada justamente para o atendimento especializado na equoterapia, que é um serviço essencial para a área da saúde, conforme evidenciou a oficial. “O nosso corpo de equterapeutas é formado no curso básico da área, mas temos o equitador, que tem curso específico e instruções de hipismo voltadas ao tratamento de equaterapia”, complementou.

Inicialmente, quando o serviço de equoterapia foi criado, o objetivo era alcançar os filhos de policiais, mas os atendimentos foram ampliados à comunidade. “Não só com síndrome de down, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas pessoas acometidas de depressão e transtorno de ansiedade. Os benefícios alcançados com a equoterapia são incontáveis, pois a criança chega até nós com diagnósticos diversos”, revelou a tenente.

Com a equoterapia, diversas famílias já identificaram múltiplos sinais de melhoras na saúde das crianças, assim como detalhou a tenente Geane Santos. “Você percebe a mudança de comportamento postural, o ganho de força e tônus muscular, assim como as capacidades físicas e psicomotoras. Os ganhos emocionais também são muito visíveis. Também há melhora na comunicabilidade com a família”, especificou.

Resultados

Dentre os resultados já identificados pela família, Tamires Santana, mãe de uma criança atendida pelo serviço de equoterapia da Polícia Militar, destacou a melhoria na comunicação. “Quando ele começou, ele não falava e tinha um certo problema para dormir à noite. Com o trabalho da equoterapia, hoje ele dorme, brinca, interage e fala. Tudo isso devido à equoterapia”, descreveu.

E os resultados já são vistos desde os primeiros momentos da equoterapia, conforme revelou Ivete Lamoglia, também mãe de uma criança atendida pelo serviço de equoterapia da Polícia Militar. “Já teve uma melhoria postural e cognitiva. A equoterapia para ela é essencial, e o convívio com o animal fez muito bem a ela. A equoterapia reforçou o tratamento da fisioterapia”, comemorou.

Faz parte do cenário de melhoria da saúde o contato com a natureza, assim como relembrou Lídia, que é atendida pelo serviço de equoterapia da Polícia Militar. “Eu acho muito bom, pois é um tratamento que deixa você mais livre e mais confiante. Eu super indico, já melhorei em 70%. É um tratamento muito bom e eficaz”, relatou.

O resultado da equoterapia é definido como fruto de um trabalho humano, assim como narrou Tamires Santana. “Eu vejo o trabalho humano. São pessoas que dedicam o tempo a fazer um trabalho voluntário, nós não pagamos pelo tratamento. Se todos soubessem, iriam procurar a Polícia Militar para que seus filhos viessem fazer a equoterapia”, enfatizou.

Atendimento

Para o atendimento do serviço de equoterapia da Polícia Militar, os pais e responsáveis precisam levar os documentos específicos de cada praticante. “Trazendo o relatório médico, que é muito importante. Um dos equoterapeutas vai fazer a anamnese, anotando todas as peculiaridades de cada criança. Na equoterapia, temos cinco cavalos que foram escolhidos e treinados para a segurança da equoterapia”, explicou a tenente Geane Santos.

Fonte e foto: Secom/G/S