A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) tranquiliza a população: o material espumoso de coloração amarronzada encontrado em algumas praias do litoral sergipano é composto de matéria orgânica, resultante do maior volume de água doce lançado pelos rios no mar. O fenômeno é comum no período chuvoso na costa de Sergipe, onde existem cinco saídas de rio de porte relevante em uma pequena extensão territorial (Rio São Francisco, Rio Japaratuba; complexo estuarino Sergipe-Cotinguiba; estuário do Rio Vaza- Barris; e complexo estuarino Piauí-Fundo-Real).
De acordo com a bióloga Andréa Moura Beltrão, algumas demandas têm chegado nos canais de atendimento da Adema, sendo importante informar que o material orgânico não afeta a balneabilidade e nem oferece risco. “Trata-se de um fenômeno natural e comum nessa época do ano. Com o grande volume de chuvas, ocorre um maior aporte de água doce no oceano, baixando a salinidade da água e favorecendo a uma super reprodução de microalgas. Então esta espuma amarronzada que aparece não causa mal algum à população; é só comida de peixe. Pode tomar banho tranquilamente”, explica a bióloga da Adema.
Durante a coleta semanal de amostras de água para avaliação da balneabilidade das praias, técnicos do Laboratório de Análises Químicas e Microbiológicas da Adema verificaram, também, grande quantidade de sedimentos nas praias de Pirambu, oriundos da foz do Rio Japaratuba. “Verificamos que, por influência da maré, a área de banho apresenta uma alta concentração de gravetos, raízes de mangue e folhas, mas não se trata de material poluente”, informa João Batista Filho, técnico em química do Laboratório da Adema.
Nos próximos dias, a Adema irá divulgar o resultado da análise semanal de balneabilidade das 18 praias do litoral norte, litoral sul e Grande Aracaju, que considera a concentração de coliformes termotolerantes nas águas, indicando se as praias estão próprias para banho. O material orgânico trazido pelos rios para o mar não impacta essa avaliação.
Fonte e fotos: Ascom/Adena