O arcebispo metropolitano de Aracaju, dom Josafá Menezes da Silva, vivenciou, nesse domingo (13), memória da Beata Alexandrina Maria da Costa, o momento mais importante do seu governo episcopal após a sua posse canônica, em 25 de maio deste ano: o rito de imposição do Pálio, pelo Núncio Apostólico Dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco no Brasil.
Realizada na Catedral Metropolitana, a cerimônia foi concelebrada pelos bispos das dioceses de Estância e Propriá, respectivamente, dom Genivaldo Garcia e dom Vitor Agnaldo; pelo arcebispo emérito da Arquidiocese de Aracaju, dom José Palmeira Lessa, e por expressivo número de presbíteros da Província Eclesiástica de Aracaju.
Em breves palavras de acolhimento ao Núncio Apostólico, no início da cerimônia, dom Genivaldo Garcia assinalou que a Igreja de Sergipe “quer continuar caminhando em sinodalidade, zelando pela colegialidade. Que o Senhor Jesus, nosso pastor e guia nos ajude, cada vez mais, a escutar a sua palavra santa, conformando-nos ao Evangelho e evangelizando o povo de Deus a nós confiado”.
Jugo sagrado de Cristo
Dom Giambattista Diquattro destacou que “o Pálio lembra do jugo sagrado Cristo que é colocado em cada batizado. O jugo de Cristo é idêntico à sua mensagem, é um jugo de amizade e, portanto, um jugo suave. Mas, como tal, é também um jugo exigente. É um jugo que forma para a sua escola, a sua vontade, a sua verdade, o seu amor. É um jugo que une, no amor com Deus Pai, na amizade com Jesus Cristo, na disponibilidade para os outros, assim como se exige do pastor que cuide dos fiéis amando Cristo e a Igreja”.
O Pálio é um tecido feito da lã de um cordeiro abençoado na festa de Santa Inês. Essa insígnia, segundo o Núncio Apostólico, “nos lembra de um pastor que se tornou um cordeiro por amor a nós. Recordamos dele, de Jesus Cristo, ainda viajando entre as montanhas e desertos, onde seu cordeiro – a humanidade – tinha se extraviado”.
Dirigindo-se a dom Josafá, dom Giambattista pontuou que “Aquele que levou o cordeiro sobre os seus ombros deseja levar-nos para casa. Ele recorda assim que nós, como pastores a seu serviço, devemos levar os outros conosco, levando-os em nossos ombros, levando-os para Cristo. Recorda-nos que devemos ser pastores do seu rebanho, que permanece sempre seu, e não se torna nosso”.
“Quando vossa excelência usa o Pálio, o Senhor lhe pergunta: tu estás me ajudando a trazer a mim aqueles que me pertencem? Assim, o Pálio torna-se o símbolo da vocação, do chamado de Cristo Bom Pastor e do seu amor como arcebispo junto com Ele. O Pálio também significa comunhão com Pedro, com o Santo Padre, o Papa Francisco, significa ser pastor pela unidade e na unidade. É apenas pela unidade, representada pelo Papa Francisco, que realmente levamos os homens a Cristo”, disse o representante do Pontífice.
Para dom Giambattista, o Pálio também expressa a colegialidade dos bispos e a sinodalidade da Igreja. “Ninguém é pastor sozinho. Somos pastores na sucessão dos Apóstolos, pastores na comunhão da colegialidade. A comunhão, portanto, forja a identidade da missão de ser pastor”. Logo após o rito de imposição da insígnia arquiepiscopal, a solene celebração passou a ser presidida pelo arcebispo metropolitano, dom Josafá Menezes.
O Pálio colocado sobre os ombros do arcebispo foi abençoado pelo Papa Francisco, em Roma, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, em 29 de junho deste ano. O metropolita de Aracaju é um dos cinco arcebispos brasileiros agraciados com a peça, neste ano. Em sua homilia, dom Josafá discorreu sobre a liturgia da palavra, o sentido da insígnia recebida e sobre a unidade da Província Eclesiástica.
Fonte e fotos: Arquidiocese de Aracaju