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Fafen de Laranjeiras retomará produção de fertilizantes

A Unigel assumiu o controle das duas fábricas em 2019

A Unigel está terminando adequações contratuais para a retomada das operações das fábricas de fertilizantes (Fafen’s) de Laranjeiras e de Camaçarí (BA). A companhia fechou, em dezembro último, um acordo de industrialização por encomenda (tolling) com a Petrobras. “As fábricas estão prontas para a repartida, mas ainda há detalhes a serem alinhados”, informou a assessoria da empresa da Unigel.

A Unigel registrou um prejuízo de R$ 1 bilhão até setembro do ano passado e paralisou, desde junho, a produção de fertilizantes, que inclui sulfato de amônio, amônia, ureia e Arla, aditivo automotivo necessário para controle de emissão de poluentes.

Segundo a Unigel, o negócio perdeu a rentabilidade com a queda global dos preços dos fertilizantes, em descompasso com o custo do gás natural, seu principal insumo. Ela chegou a entrar com um pedido de recuperação judicial, mas foi aberta uma mediação com credores na Justiça de São Paulo.

O contrato de tolling, fechado com a Petrobras, é de curto prazo: são oito meses, para permitir a retomada do suprimento do mercado doméstico.

Mudança em contratos

No tolling, a produção é feita por meio de um contrato de serviço, em que o gás natural é da Petrobras, diferentemente de um suprimento feio por meio das distribuidoras estaduais, em que o insumo é vendido para atendimento às fábricas.

Uma das condições é o aditamento dos contratos com a Sergás (SE) e Bahiagás (BA) para incluir a Petrobras, que passa a ser responsável pelo pagamento da tarifa de movimentação às distribuidoras e por comercializar o gás à Unigel.

Segundo fontes envolvidas no processo, os trâmites estão em “fase final”, depois de discussões técnicas que envolveram, por exemplo, a qualidade do gás fornecido e a adequação às normas regionais.

As fábricas são da Petrobras e foram arrendadas em contratos de dez anos, a partir de 2021. A companhia havia desistido do segmento, em razão da baixa rentabilidade.

Fontes próximas às negociações, apontam que a unidade precisa de um preço de gás de até US$ 6 por milhão de BTU para manter as atividades de forma rentável.

Até o terceiro trimestre do ano passado, o preço médio nacional para o consumidor final industrial e com impostos variou de US$ 19 a US$ 22 por milhão de BTU, a depender das faixas de consumo, segundo balanço do Ministério de Minas e Energia (MME).

A Petrobras era a principal, mas não a única fornecedora das plantas em Laranjeiras (SE) e no polo de Camaçari (BA).

Fonte: Portal epbr (Foto: Unigel)

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