De posse de uma liminar suspendendo a prisão preventiva decretada contra ele, o empresário Carlito Ferreira de Jesus, vulgo “Galeguinho da Roupa”, estaria infernizando a própria família. Pelo menos foi o que garantiram, em queixa prestada à Polícia de Itabaiana, Edson Passos, Anderson Ferreira de Jesus e Alysson Ferreira Lima, respectivamente, cunhado, irmão e sobrinho do acusado. Eles juram que, horas após ter o salvo-conduto concedido pelo desembargador Alberto Romeu Gouveia Leite, “Galeguinho” rondou na porta de acesso do condomínio onde moram.
Na queixa, Edson, Anderson e Alysson pedem que a Justiça determine uma busca e apreensão na casa e na loja de “Galeguinho da Roupa” para tomar o revolver que ele atirou no irmão. Também solicitam que, ao menos, seja decretada a prisão domiciliar do acusado, obrigando-o a usar tornozeleira eletrônica. Segundo os denunciantes, “a alegação de problemas de saúde não pode impedi-lo de se submeter medidas legais. Fosse assim, todos alegavam problemas psicológicos e psiquiátricos para não cumprir as imposições processuais contra si atribuídas”.
Prefeito ameaçado
Além de ter sido filmado atirando contra o irmão na véspera do Natal, “Galeguinho da Roupa” foi acusado pelo prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PR), de tentar matá-lo. No Boletim de Ocorrência prestado na Delegacia de Polícia, o gestor disse que o próprio irmão do acusado lhe contou que “a ideia fixa dele é assassiná-lo”. O B.O. registra ainda que, um dia após ter atirado com o irmão, “Galeguinho” foi visto rondando a casa de Valmir. Diante da decretação de sua prisão preventiva, o empresário fugiu, só retornando a Itabaiana após a liminar concedida pelo desembargador Alberto Romeu Gouveia Leite.