O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) anunciou, nesta terça-feira (14), o retorno de 50% das feiras livres em Aracaju, a partir do próximo sábado (18). De acordo com ele, as feiras voltarão a funcionar e em tamanho reduzido, com a comercialização somente de gêneros alimentícios. A definição ocorreu em nova reunião do Comitê de Operações Emergenciais (COE), na qual foram avaliados os impactos das medidas restritivas, adotadas pela Prefeitura, para conter a propagação do coronavírus na cidade.
Das 32 feiras existentes na capital, 16 voltarão ao funcionamento. “A Emsurb vai divulgar quais são as feiras que retornarão e o modelo já readequado, mas adianto que vamos manter apenas 50% da capacidade. Adotaremos todas as medidas para que os espaços ofereçam segurança, com controle de pessoas, higienização e distanciamento. A nossa intenção é que elas funcionem da mesma forma que as feiras de pescados”, explicou o prefeito.
Isolamento vai continuar
Edvaldo também falou sobre a situação da covid-19 em Aracaju. Ele reconheceu que existe uma subnotificação de casos, mas informou que a gestão elaborou um novo boletim epidemiológico que permite, através da utilização de sistemas tecnológicos, traçar um quadro de mapeamento do vírus. “Adotamos medidas capazes de nos dar toda a estatística das pessoas que têm coronavírus, assim como também os casos suspeitos, além das pessoas que estiveram em nossas unidades de saúde e apresentaram sintomas de síndromes gripais, chegando a mais de 2 mil pessoas”, afirmou.
Edvaldo destacou ainda os impactos positivos do isolamento social e reforçou a importância de mantê-lo nos próximos dias. “Se hoje Aracaju possui 36 casos confirmados é porque adotamos antecipadamente as medidas de distanciamento social. As pessoas têm a impressão de que a situação está controlada em nossa capital, e de que já podemos voltar à rotina, mas não é assim. Fizemos estudos constantes e se hoje adotássemos medidas para liberação total do isolamento, em 30 dias precisaríamos de 1.200 leitos de retaguarda e aproximadamente 300 de UTI, uma estrutura que a Prefeitura e o Governo não teriam”, concluiu.