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Realizado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), o Forró Caju se consolida, a cada edição, como instrumento de fortalecimento da cultura sergipana. Depois de projetar Aracaju para o Brasil e para o mundo como a “Capital do Forró”, o evento, nos últimos dois anos, foi realizado no formato “Em Casa”, com exibições online, o que não diminuiu a importância do maior evento junino do estado.
Em catorze dias de programação, entre os dias 17 e 30 de junho, o Forró Caju, que nesta edição retomou a realização do Fórum do Forró, contou com mais de 100 de apresentações musicais em gravações inéditas, transmitidas tanto no canal do YouTube da Prefeitura de Aracaju, quantos nas TVs Câmara de Aracaju, Alese e Atalaia.
Somente no canal de vídeos na internet, as transmissões, em formato de lives, já somam mais de 173 mil acessos. A expertise da edição anterior foi fundamental para a consolidação e o sucesso da segunda edição virtual do Forró Caju, o que possibilitou ao projeto cumprir o papel de atender às demandas do setor cultural, um dos mais afetados pela crise sanitária, e manter acesa a chama da tradição junina da cidade.
De acordo com o presidente da Funcaju, Luciano Correia, a construção do formato “Em Casa” foi na base do “fazendo e aprendendo, ou seja, colocamos o Forró Caju para funcionar no momento em que estavam acontecendo o ápice das lives e optamos por gravar ao vivo para não ocorrer surpresas que pudessem comprometer a qualidade”, explica.
“O ano passado foi um sucesso porque os critérios que utilizamos, como a gravação por meio de uma produtora, num estúdio de televisão, com direção de fotografia, com cenário, com canais de captação de áudio digital, fizeram com que o evento fosse um acerto e, neste ano, repetimos tudo isso”, destaca o presidente da Funcaju.
Investimento
Na segunda edição do Forró Caju em Casa, o investimento teve um aumento substancial, em torno de R$100 mil a mais do que em 2020. Enquanto, no ano passado, foram R$309 mil investidos, em 2021 foram mais de R$400 mil. “Com isto, aumentamos a quantidade de artistas, 82 no total, aumentamos os valores dos cachês e distribuímos a programação em linguagens musicais que contemplam, sobretudo, a tradição do pé de serra, sem deixar de abrir espaço para as novas linguagens musicais, vertentes como arrocha, pisadinha, porque o público também gosta disso, sobretudo a juventude”, destaca Luciano.
O presidente da Funcaju ressalta a tradição do Forró Caju, mas lembra que democratizar o espaço e viabilizar a pluralidade de ritmos também faz parte da história do evento e, sobretudo, da atual gestão municipal.
“O Forró Caju é, de fato, tradição. De 82 atrações selecionadas, 42 foram pé de serra, mais 30 bandas que tocam o forró mais estilizado, mas que tocaram o forró tradicional também. Somente dez vagas foram abertas, com muita justiça a esse setor que é emergente. Lamentavelmente, às vezes, existe certo preconceito e incompreensão ao tratar esses profissionais de maneira diferenciada, mas são pessoas que produzem e vivem da música. Acho, inclusive, pequenez não considerar essas novas vertentes”, frisa Correia.
Fomento
Ao longo das duas edições do Forró Caju em Casa, o evento teve o propósito social de promover o fomento artístico e musical, já que os profissionais do ramo de encontram com as atividades paralisadas em decorrência da pandemia. “Fizemos isso com o Forró Caju em Casa, no ano passado, e com o Janela para as Artes, envolvendo uma parte da cadeia da música, inclusive, acabamos de executar os investimentos da Lei Aldir Blanc”, pontua o gestor da política cultural do município.
Para Luciano, esse projetos foram concebidos de modo a priorizar a questão social, em face das dificuldades que os artistas enfrentam por conta da pandemia, e , ao mesmo tempo, fizer política cultural que, no caso do Forró Caju, é demonstrada pela qualidade da programação, cuja seleção contou critérios bem formulados.
“Formulamos um edital muito criterioso para resultar, justamente, nas melhores escolhas, inclusive, mantendo nosso espírito aberto para incorporar novos atores da música, os emergentes que, frequentemente, não têm espaço para construir suas carreiras porque, algumas vezes, o poder público é muito fechado, para grupos muito pequenos. A gente quebra essa lógica e abre para uma participação maior, abre para as periferias”, assevera Luciano.
Pagamento
Antes mesmo do final do evento, a Prefeitura deu início ao pagamento dos cachês, uma prática adotada ainda na primeira edição do evento no formato digital, em 2020, e em outras políticas culturais da Funcaju. “No ano passado, estabelecemos um padrão e estamos seguindo com ele. Hoje, nenhum artista entra no palco sem assinar o contrato. Enquanto o evento transcorria, os primeiros que se apresentaram receberam seus pagamentos. Neste ano, todos os artistas já receberam”, pontua o presidente da Funcaju.
Alcance
Com o foco claramente estabelecido, o Forró Caju em Casa 2021 superou as expectativas. “Se o evento presencial tem o calor do abraço e o valor afetivo, o Forró Caju em Casa, como evento virtual, deu certo. No ano passado contabilizamos milhares de acessos, inclusive de países como Austrália, Dinamarca, Noruega, Portugal, Espanha, EUA . Em 2021, consolidamos esse alcance. E o evento é feito justamente para isso, daí toda a nossa produção estar disponibilizada na plataforma AjuPlay, para que as pessoas continuem acessando, sem contar que é um portfólio para os artistas, porque faz circular suas produções para o mundo todo, provoca um diálogo, até mesmo com outras linguagens musicais, ou seja, um lugar de troca, visibilidade e fortalecimento desses artistas”, ressalta Luciano.