A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) entrou com uma representação contra a mudança do mando de campo do jogo entre Boa Esporte x Bahia, no sábado da semana que vem (14), pela 36ª rodada da Série B.
O presidente da entidade, Evandro Carvalho, enviou um documento, na manhã de ontem (5), para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), diante da insatisfação dos clubes pernambucanos que brigam pelo acesso à elite (Santa Cruz e Náutico). As equipes se sentem prejudicadas por uma possível vantagem do Bahia no confronto com os mineiros.
Na tarde da última quarta a CBF confirmou a alteração da partida, que inicialmente estava marcada para o estádio Dilzon Melo, na cidade de Varginha (MG) – mando de campo do Boa Esporte -, para o Estádio Lourival Baptista, o Batistão, em Aracaju (SE), a pedido do clube de Minas Gerais.
Com isso, o Esquadrão teria vantagem por causa do deslocamento – distância entre Salvador e Aracaju (SE) é cerca de 1.300 quilômetros inferior a Salvador e Varginha (MG). A consequência seria uma maior presença da torcida tricolor no jogo.
Por meio de sua assessoria, o Bahia informa que não influenciou no processo de mudança do local da partida e que vai cumprir a tabela da competição.
Segundo Evandro Carvalho, caso a CBF não faça a alteração e volte a partida para Minas Gerais, os clubes pernambucanos devem entrar com ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
“Se o clube vende o mando de campo dele, isso não contribui para o bom futebol. Eu espero que a CBF faça a alteração. E, caso não o faça, Náutico e Santa Cruz entrarão com uma ação na Justiça Desportiva”, garantiu Carvalho.
Apesar de acreditar que a CBF retornará a partida para Varginha, o presidente criticou a mudança.”Eu não tenho nenhuma dúvida que a partida vai voltar para Minas. Eu considero a mudança um equívoco. Essa situação fez com que os nossos clubes se sentissem prejudicados”, afirmou.
De acordo com o dirigente, outros clubes devem entrar com ação no STJD. “Esse tipo de situação desqualifica a competição”, disse.
O problema, porém, é que a CBF não pode voltar atrás. O prazo mínimo para alteração de jogo é de dez dias, e só faltam oito para a partida. Então, só no STJD.
Fonte: A Tarde (créditofolhape.com.br)