O isolamento das pessoas por conta da pandemia fez aumentar as tentativas de golpes de “sextorsão” (extorsão com ameaça de vazamento de imagens íntimas). Segundo a empresa de segurança digital Avast, os cibercriminosos buscam se aproveitar do crescimento no uso de aplicativos de videoconferência e o medo das pessoas para lucrar.
o método utilizado pelos golpistas é sempre o mesmo. Eles enviam e-mails aos usuários, afirmando que gravaram momentos íntimos, normalmente por meio da webcam, e ameaçam divulgá-los publicamente, a menos que a vítima faça um pagamento por meios eletrônicos. O ideal nesse caso é ignorar o e-mail, já que normalmente as alegações são falsas.
Os golpistas têm aproveitado que o uso de serviços de videoconferência explodiu durante a pandemia de covid-19 e alegam que teriam acessado as câmeras do usuário, por meio de uma suposta falha de segurança dos aplicativos, e registrado imagens de “um ato sexual” que seriam divulgadas a não ser que a vítima faça um pagamento de R$ 10 mil.
“Durante a pandemia, os cibercriminosos veem uma grande oportunidade à medida que as pessoas passam mais tempo usando aplicativos de videoconferência e na frente do computador”, diz Marek Beno, analista de malware da Avast. “Por mais assustador que esses e-mails possam parecer, pedimos às pessoas que fiquem calmas se receberem a mensagem e a ignorem, é apenas um truque sujo para tentar obter o seu dinheiro”, revela.
Falsa instalação de equipamento
Em outro golpe, mais comum, os cibercriminosos enviam um e-mail dizendo que instalaram um trojan na máquina do usuário há alguns meses e, desde então, gravaram tudo o que aconteceu perto do equipamento por meio de microfone e webcam e, além disso, copiaram todos os dados incluindo mensagens privadas, conversas em mídias sociais e contatos. A mensagem também pede um “resgate” em criptomoedas e mostra um relógio com o “prazo” para o pagamento.
“Assim como acontece com outras campanhas, que observamos, essas ameaças são todas falsas. Não há trojans indetectáveis, nada tem sido registrado, e os invasores não têm os seus dados. O cronômetro incluído no e-mail é outra técnica de engenharia social, usada para manipular as vítimas a pagar o resgate”, explica Beno.
Fonte: Portal R7 (Foto: site Painel Político)