O governo de Sergipe está deixando a população em vulnerabilidade social enfrentar o penoso desafios da fome. Esta constatação é do jornalista Gilvan Manoel, editor do Jornal do Dia. O comunicador escreveu que as prioridades do governo Fábio Mitidieri não atendam “as necessidades da população em situação de insegurança alimentar”, lamenta.
O articulista lembra que o único programa social do Executivo sergipano nesse sentido é o chamado Prato do Povo. “Lançado em fevereiro de 2024 – mais de um ano após o início da administração -, o programa consiste em fornecer um prato de comida na hora do almoço dos dias úteis para famílias que integram o Cadastro Social. Atualmente, 21 municípios são contemplados, com a distribuição diária de 200 refeições, atendendo mais de 24.600 sergipanos”, escreveu Gilvan em sua coluna no Jornal do Dia.
O articulista prossegue lembrando com pesquisas realizadas nos últimos meses mostram que em Sergipe índices de pobreza e miséria continuam entre os mais elevados do país. “Em consequência, a insegurança alimentar atinge cerca de 50% da população sergipana, mais de 1 milhão de pessoas, segundo revela pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado”, frisa Manoel.
Índices negativos
Em seu artigo, Gilvan afirma que “no mesmo período, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) também divulgou o levantamento Pobreza e Miséria nos Estados Brasileiros em que Sergipe, mais uma vez, apresenta índices extremamente negativos, mesmo com um pequeno avanço registrado em 2023 em relação ao ano anterior. Segundo essa pesquisa, a taxa de pobreza em Sergipe saiu de 45,7% da população em 2022 para 44,1%, o que representa uma variação de -1,6 pontos percentuais (P.P). Nos dois anos, a renda mensal ficava em R$ 664,02”, diz.
Segundo o jornalista, em 2023, o estado teve receitas brutas realizadas de R$ 17.151.927.623,32 e R$ 13.470.989.190,76 em despesas brutas empenhadas. “Sergipe é um estado contraditório. Enquanto o governo apresenta um orçamento milionário, a maioria da população é pobre. São 377,6 mil famílias atendidas pelos Benefícios de Prestação Continuada (BPC), programa mantido pelo governo federal. E faltam políticas públicas concretas para resolver a questão da fome”.