Como medida preventiva, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrária e da Pesca (Seagri) e da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), emitiu um comunicado de risco com assunto emergência zoossanitária em função da gripe aviária, em todo território nacional por 180 dias. Em Sergipe, não há registro de casos suspeitos.
O documento foi encaminhado para órgãos e entidades do meio ambiente e agricultura de Sergipe após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarar estado de emergência zoossanitária em todo país, em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.
A Portaria 587, do Mapa, também prorroga, por tempo indeterminado, a vigência da Portaria 572, de 29 de março de 2023, que estabelece medidas preventivas contra o ingresso e a disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade. Com isso, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves está suspensa em todo território nacional.
A H5N1 ou influenza aviária é uma doença causada por vírus, que afeta muitas espécies de aves, inclusive migratórias; e, eventualmente, mamíferos terrestres e marítimos, suínos e o próprio ser humano. Sua incidência gera graves consequências à saúde animal, à economia e ao meio ambiente.
O documento recomenda ainda a intensificação de ações conjuntas de educação e mobilização social para que, se houver suspeita, as aves doentes ou mortas não sejam recolhidas, mas que a população comunique aos órgãos ambientais, a fim de que eventual vírus não se espalhe. “Nesse primeiro momento emitimos comunicado aos nossos parceiros ambientais e buscamos a sensibilização da sociedade para, ao perceberem a ocorrência de uma suspeita ou encontrarem alguma ave morta, comunicarem de forma imediata, para que sejam tomadas medidas necessárias”, explicou a presidente da Adema, Deborah Dias.
Agricultura
Em cumprimento à decisão do Ministério da Agricultura, fica suspensa em Sergipe a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) de aves em todos os escritórios da Emdagro para eventos, feiras e aglomerações em geral. Segundo a Secretaria Estadual da Agricultura, o produtor que for parado pela equipe de vigilância da empresa estadual transitando com aves, sem GTA, será autuado, podendo até ter suas aves sacrificadas.
Com um plantel avícola, em 2023, de 447.108 aves para a produção de subsistência e 8.476.824 para produção comercial, a Emdagro realizou o inquérito da influenza aviária na avicultura do estado. A ação faz parte do Plano de Vigilância do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e está sendo realizada em todos os estados brasileiros. O objetivo é mostrar que no estado de Sergipe não existe circulação do vírus dessas doenças no plantel avícola.
A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade Nascimento, fala sobre o resultado do inquérito feito em Sergipe. De acordo com ela, “foram coletadas 500 amostras de material das aves em dez municípios sergipanos e todas as amostras deram negativas para influenza aviária”. A diretora informou ainda que a equipe técnica da empresa segue vigilante e orientando a população para evitar contaminação.
Cuidados
Para evitar a contaminação pelo vírus, entre as recomendações e orientações à população estão: não tocar ou recolher aves suspeitas, doentes ou mortas; evitar áreas que sejam locais propícios ao pouso de aves migratórias; caso apresente sintomas clínicos na criação de aves comerciais e de subsistência (fundo de quintal), procure o serviço veterinário da Emdagro mais próximo e evite seu contato com aves doentes sem a proteção adequada.
Os sintomas mais comuns nas aves contaminadas são: tremor, andar cambaleante, dificuldade respiratória, aves caídas e debilitadas.
Ao encontrar aves doentes ou mortas, avise imediatamente aos órgãos ambientais: Adema – 79 99191-5535; Ibama – 3046-1018; e Emdagro – 3234-2624.
Fonte e foto: Secom/GS