A frota de ônibus que atende a Grande Aracaju permanece, neste sábado (27), nas garagens das concessionárias. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), os primeiros coletivos colocados em circulação ainda na madrugada tiveram que ser recolhidos devido as ameaças de depredação. Pessoas em motocicletas ameaçaram quebrar os vidros e rasgar os pneus dos carros, assustando os motoristas, que optaram em tornar às garagens.
A circulação dos ônibus foi interrompida na tarde de ontem (26), depois que parte dos rodoviários discordaram do acordo coletivo firmado entre o Setransp e o sindicato da categoria. Pelo entendimento, feito sob a coordenação do Ministério Público do Trabalho, as empresas voltam a pagar R$ 250 de ticket alimentação em março, devendo este valor passar para R$ 520 em setembro desde ano e aumentando para R$ 600 em março de 2023.
Na sexta-feira da semana passada, os rodoviários também paralisaram os ônibus no centro de Aracaju. O protesto foi violento, tendo vários ônibus sido depredados. Assim como hoje, os passageiros ficaram a pé e o trânsito bastante complicado. O Sindicato da categoria culpou a associação pela confusão que, por sua vez, alegou não ter orientado a paralisação nem a depredação dos coletivos.
Nota do Setransp sobre a paralisação
“O transporte público coletivo iniciou a operação a madrugada deste sábado (27), mas foi interceptado por motoqueiros que pararam os ônibus com ameaças e rasgaram os pneus de diversos veículos logo no início da manhã. Neste momento, a circulação do transporte está interrompida e desde de ontem mais de 130 ônibus já foram vandalizados.
O Setransp repudia esses atos, que descumprem a decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho proibindo o serviço de transporte de ser paralisado totalmente por ser essencial, em especial, neste momento de pandemia. E além de causar transtorno à população cerceando o direito de ir e vir das pessoas, gera grande prejuízo ao sistema de transporte. Nos atos da última sexta-feira (19), 243 veículos foram danificados somando um prejuízo de R$ 100 mil”.
Foto: Grupo Pé Embaixo