Uma mulher de 36 anos que residia em Aracaju é a primeira vítima fatal do surto gripal que ataca Sergipe. Portadora de bronquite asmática, a vítima morreu 24 horas após ter dado entrada no Hospital Regional José Franco, em Nossa Senhora do Socorro, na Grande Aracaju. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, dos testes realizados, na segunda-feira (28), pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (LACEN), 257 amostras resultaram positivas para Influenza A H3N2. Foi identificada também a circulação do vírus em 32 municípios sergipanos, sendo que em quatro deles houve registro de casos que necessitaram de internação, além do óbito ocorrido na capital.
As diretorias de Vigilância em Saúde e de Atenção às Urgências e Especializada se reuniram, nesta terça-feira (28), com as unidades que compõem a rede hospitalar pública. O objetivo foi ouvir os dirigentes dos Hospitais Regionais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) para saber como estão as portas de urgência em relação ao paciente com síndrome gripal e orientar quanto a notificação de casos, organização do fluxo de atendimento e coleta de exames.
Os dirigentes foram unânimes em apontar o aumento no volume de atendimento, ocasionado principalmente pelos casos de síndrome gripal, em alguns hospitais chegando a responder por 80% dos casos que têm chegado às portas de urgência. Além de ouvir as unidades para conhecer todo o cenário que envolve a síndrome gripal, desde os casos de baixa complexidade às internações, a reunião teve também a finalidade de orientar os dirigentes sobre a importância da notificação compulsória dos casos, bem como a adequada coleta de amostras e envio para o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen).
Tratamento específico
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Marco Aurélio Góes, como se está em uma Emergência de Saúde Pública Internacional (A pandemia de Covid-19), todas as amostras coletadas serão processadas para a Covid-19, e, nos casos negativos, para outros vírus respiratórios, incluindo o Influenza A H3N2. “Conversamos ainda sobre a necessidade da superintendência dos hospitais dialogarem com o corpo clínico sobre os casos de Influenza que têm indicação de tratamento antiviral, já que temos um tratamento específico para os casos que necessitam de internação ou tem fatores de risco para agravamento”, salientou o diretor.
Marco Aurélio informou que outro ponto da pauta foi a discussão sobre a necessidade de um fluxo de informação diário entre as unidades e a Secretaria de Estado da Saúde. “Assim, conseguiremos acompanhar o que, de fato, está acontecendo em cada porta de entrada e em cada hospital do Estado”, reforçou Marco Aurélio, acrescentando que na tarde desta terça-feira irá se reunir, também de forma virtual, com os secretários municipais de Saúde para alinhar com eles estratégias que motivem os pacientes com síndrome gripal de baixa complexidade a procurarem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.
Fonte e foto: Saúde Estadual