A Marcha com Deus pela Família e pela Liberdade, ocorrida em 19 de março de 1964, foi uma grande manifestação política e religiosa ocorrida no Brasil, que teve como objetivo mobilizar a população brasileira em apoio ao golpe militar que ocorreu naquele ano. Realizado em São Paulo, o evento também visou responder ao comício realizado na Central do Brasil, em 13 de março, no Rio de Janeiro, em que o presidente João Goulart acirrou a defesa de suas Reformas de Base.
A marcha foi convocada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras organizações religiosas, contando com a participação de milhares de pessoas em diversas cidades do país. Os participantes da marcha defendiam a ideia de que a intervenção militar era necessária para proteger a democracia e a liberdade contra a ameaça comunista, que supostamente representava um perigo para o Brasil. A data de realização do evento – 19 de março – foi escolhida por ser dia de São José, santo católico padroeiro da família.
No entanto, a marcha é amplamente criticada por ter apoiado o golpe militar e pela falta de respeito aos direitos humanos durante o regime militar que se seguiu. A marcha também é vista como um exemplo da influência política que as instituições religiosas tinham no Brasil na época e como elas se envolveram ativamente na política do país.
Resultado alcançado
O resultado foi alcançado. Com esta manifestação, os militares puderam vislumbrar um apoio popular desses setores da sociedade para a realização do golpe que depôs o presidente em 1 de abril de 1964, instaurando uma ditadura que duraria 25 anos. Várias outras Marchas ainda foram convocadas, mas com o nome de “Marchas da Vitória”, deixando claro o objetivo inicial de pressionar a deposição de João Goulart.
Fonte: Portal R7 (Foto: Acervo histórico)