Neste domingo, 24 de outubro, é dia de comemorar a sergipanidade. Data de ter orgulho da identidade e da cultura do nosso povo. Sergipanos de sangue ou de coração celebram neste domingo nossas crenças, costumes, sotaques, manifestações populares, por fim, a nossa história. O Dia da Sergipanidade é um momento de fortalecer o sentimento de pertencimento daquilo que só Sergipe tem.
Por muitos anos, o dia 24 de outubro foi data extraoficial para as comemorações da sergipanidade. Mas foi em 2019 que esta data entrou de vez para o calendário oficial do estado através da Lei 8.601/2019 de autoria do presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado Luciano Bispo (MDB).
Para o presidente do Legislativo, o dia é de comemorar as manifestações culturais e artísticas do nosso estado. “Nada mais justo que instituir o dia 24 de outubro como Dia da Sergipanidade, como atitude tanto individual quanto coletiva, que devem florescer as manifestações artísticas, as contribuições lúdicas, fazeres e saberes, usos e práticas a serem incorporadas pela aceitação, para serem consagradas e renovadas”, afirmou o deputado Luciano Bispo na justificativa do projeto.
Saiba mais sobre a data
Por todo o século XX, a Independência de Sergipe era comemorada em duas datas, no dia 8 de julho e no dia 24 de outubro. O feriado da emancipação foi instituído no 8 de julho, e o dia 24 de outubro ficou definido como o Dia de Sergipe ou Dia da Sergipanidade, dia para comemorar ‘o jeito de ser sergipano’, os valores da grandeza das manifestações culturais e patrimonial.
Apesar de historicamente a data se confundir com o 8 de julho de 1820 (data da Carta Régia que desanexou o território sergipano da Bahia), foi no dia 24 de outubro de 1824 que o documento chegou a Sergipe e só assim a sociedade sergipana pôde comemorar, de fato, a independência de sua província.
Emenda Constitucional
No ano 2000, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (AL) alterou o artigo 47 da Constituição Estadual em que era estabelecido que a Emancipação Política do Estado fosse comemorada duas vezes ao ano: 8 de julho e 24 de outubro. Através da Emenda Constitucional, apenas o 8 de julho ficou como data oficial de celebração. A decisão vigorou, pois a AL concluiu que a data que deveria permanecer seria o dia em que D. João VI assinou o decreto de emancipação.
De acordo com historiadores, foi no governo do brigadeiro Manoel Fernandes da Silveira que Sergipe se emancipou. Desde a data de promulgação do decreto de emancipação, até efetivamente Sergipe chegar até sua independência, foram quatro anos de enfrentamento entre os partidários.
O jornalista e historiador Luis Antônio Barreto contava que o progresso chega a Sergipe logo após sua emancipação. Com a emancipação, as vilas cresceram, surgiram as cidades e rapidamente o progresso deu a Sergipe uma nova condição. O dia 24 de outubro passava, por volta de 1836, a ser a data maior da afirmação da liberdade dos sergipanos. Durante o Império, o 24 de outubro passou a ser, também, celebrado pelo povo com seus grupos folclóricos, como atestam os registros dos jornais”, explanava Luis Antônio Barreto, em um de seus artigos publicados no Portal Infonet.
Foto: Irineu Fontes