Um ano após ter sido implantado em Sergipe, o Programa Mais Genética no Sertão os resultados positivos já são visíveis. A iniciativa promove o melhoramento genético dos rebanhos de caprinos e ovinos, aumentando a produtividade e qualidade dos produtos derivados diretamente desses animais. Foram 185 inseminações em um ano, com percentual de 22% de prenhez. São atendidos criadores dos municípios de Nossa Senhora da Glória, Poço Verde, Porto da Folha, Simão Dias e Tobias Barreto.
Mais do que os números, porém, são as histórias que mostram a mudança de realidade dos pequenos produtores, a partir da iniciativa. É o caso de José Hamilton Araújo, produtor no município de Simão Dias. Há 40 anos na área, ele ressalta como o Mais Genética no Sertão tem impactado diretamente seu trabalho. “O programa melhora a qualidade, a produtividade do que estamos fazendo, e a venda, também. Recentemente, vendi uma criação por um valor maior. Tudo isso traz bons resultados para nós”, exalta Hamilton.
Processo de inseminação
Para que a inseminação seja realizada, existe um conjunto de regras a serem seguidas. O produtor deve ser dono de, no máximo, 50 cabeças, além de ter o seu rebanho vacinado contra a clostridiose, conhecida como ‘doença dos sete males’. O proprietário dos animais deve ir até o escritório local da Emdagro e apresentar atestado de vacina, cadastro feito na Emdagro, cópia da identidade e do comprovante de residência.
A técnica de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) acontece em três etapas. Na primeira, os técnicos vão até propriedades e fazem o diagnóstico, para identificar quais animais estão ‘limpos’ (não prenhes). Após oito dias, é retirado o implante para aplicação de novos hormônios, e, no décimo dia, é feita a inseminação. Após isso, em um período entre 45 e 60 dias, há o diagnóstico de gestantes, e os animais que não ficaram prenhes passam novamente pelo processo.
“O processo propõe a inseminação em lotes, o que é bom produtivamente porque o tem uma padronização de produção. Esse processo é feito por meio de um protocolo hormonal, proporcionando ao produtor que ele faça a inseminação nos seus animais com raças melhoradas. Todos os reprodutores são puro sangue, de produtores contratados pela Conafer”, explica o médico veterinário da Emdagro, Maurício Kalil.
Fonte e foto: Secom G/S