Deputados federais e estaduais já podem mudar de partido sem sofrer qualquer punição. Aberta nesta quinta-feira (3), a janela partidária seguirá até o dia 1º de abril. Em Sergipe, a previsão é que mais de 50% dos 24 deputados estaduais troquem de legenda. Em nível nacional, a tendência é que duas legendas do centrão, o PL e o PP, sejam as mais beneficiadas. As informações foram apuradas com líderes de bancadas no Congresso Nacional.
Entre os partidos dos presidenciáveis à Presidência neste ano, o PL é a sigla que mais deve ampliar o número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Atualmente, a legenda do presidente Jair Bolsonaro tem 42 deputados em exercício. A estimativa, segundo interlocutores de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, é que a bancada alcance a marca de aproximadamente 65 parlamentares o prazo final.
Aliados do presidente da República também deverão migrar para o PP (que reúne 43 deputados), sob articulação do ministro da Casa Civil e presidente da legenda, Ciro Nogueira. Este é o caso da ministra da Agricultura, a deputada federal licenciada Tereza Cristina, que deixará o União Brasil. A filiação deverá ocorrer no próximo dia 20 de março. Ela é cotada para ocupar a vaga de vice na chapa de Bolsonaro ou concorrer ao Senado por seu estado, o Mato Grosso do Sul.
O Podemos (com 11 deputados), o PSD (37), o PSDB (31) e o MDB (34), por sua vez, devem manter basicamente o mesmo tamanho, com poucas oscilações. Os partidos ainda discutem formalizar federações e coligações para o pleito deste ano e encontrar um nome em comum para a terceira via em oposição a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas.
Hoje, a segunda maior bancada da Câmara é a do PT. Partido do principal adversário de Bolsonaro, Lula, a bancada não deve sofrer grandes alterações e deve permanecer com pouco mais de 50 parlamentares. O mesmo caso não ocorre com o PDT, legenda do pré-candidato Ciro Gomes. A estimativa é que cinco parlamentares deixem as hostes pedetistas.
Fonte: CNN Brasil