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Japaratuba e a guerra de cabacinhas

As cabacinhas são feitas nas praças da cidade para abastecer os "guerreiros"

Quem visitar o município de Japaratuba de 8 a 9 de janeiro próximo, será recebido pelos moradores com rajadas de uma conhecida bolinha recheada com água: A cabacinha. O artefato produzido a base de parafina se tornou o principal elemento da festa profana de Santos Reis e São Benedito, realizada anualmente por estimular uma gostosa e refrescante brincadeira entre os foliões. Antes, de 3 a 7, acontece na cidade o Festival de Artes Arthur Bispo do Rosário.

Apesar do festejo acontecer durante a estação mais quente do ano, o verão, e a cabacinha ter um teor altamente refrescante, sua introdução no evento se deu com outra finalidade. A antiga ‘bolinha de cheiro’ foi inserida para aguçar o instinto da paquera entre os participantes.

Segundo historiadores, as pessoas colocavam água perfumada dentro da bola de parafina e arremessavam nas outras com a intenção de agradar, chamar a atenção. A cabacinha era usada para atrair. Em Aracaju, por exemplo, a bolinha chegou a ficar conhecida como “limão de cheiro”. Com o passar do tempo, a utilização da cabacinha no festejo perdeu sua essência.

Fonte de renda

Apesar da mudança, o artefato continua sendo um dos principais atrativos da festa, tornando-se, inclusive, fonte de renda para milhares de famílias que passaram a fabricá-las. De acordo com informações das próprias ‘cabacinheiras’, são produzidas para os dias de festa, por cada artesã, cerca de quatro mil cabacinhas.

Além das famosas bolinhas de parafina, as grandes atrações, contratadas para o evento, também colaboram para que a festa de Santos Reis seja atualmente, considerada como um dos maiores festejos interioranos de Sergipe. Para cada noite de festa Japaratuba costuma receber aproximadamente 10 mil pessoas, que vão à cidade curtir shows de bandas de renome nacional.

Fonte/ Ascom da PMJ (Cédito/Sergipe em fotos)

 

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