Presente no Parque Nacional Serra de Itabaiana e no litoral de Sergipe, o lagarto Glaucomastix abaetensis, corre risco de extinção. Segundo o professor Eduardo José dos Reis Dias, orientador da pesquisa que identificou a espécie, ela pode ser extinta devido à perda de seu habitat e a um hiato em sua distribuição – o lagarto ocorre somente no Parque Nacional Serra de Itabaiana e no litoral de Sergipe, duas regiões geograficamente distantes.
O lagarto foi batizado de Glaucomastix itabaianensis, em óbvia referência à Serra de Itabaiana, seu habitat mais preservado. Ele também pode ser encontrado em áreas costeiras. “Em um passado recente, as restingas ocupavam 70% da costa brasileira, mas agora estão altamente fragmentadas como resultado da exploração e ocupação humana ao longo dos últimos séculos. Logo, preservar esta espécie passa por proteger as já drasticamente reduzidas áreas onde encontramos este ecossistema”, explica Igor.
O Parque Nacional Serra de Itabaiana é a única área de proteção integral ao longo de toda a distribuição da população do itabaianensis, apesar de também estar suscetível à pressão que atividades econômicas fazem ao seu redor. O professor Igor Dias ressalta a importância dessas áreas para a continuidade dos ecossistemas. “Esperamos criar apelo adicional para estimular o estabelecimento de novas áreas protegidas na região que, por sua vez, contribuirão para a proteção de tantas outras espécies”, conclui.
Fonte e foto: UFS