O Horário de Verão (temporada 2015/2016) terminou na virada de sábado (20) para este domingo (21), quando os ponteiros dos relógios foram atrasados em uma hora. A mudança ocorreu nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Horário de Verão, que vigorou por 126 dias, levou a uma redução da demanda no horário de pico de consumo da ordem de 2.598 MW, sendo 1.950 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 648 MW no subsistema Sul.
Essa redução representa aproximadamente 4,5% da demanda de ponta dos dois subsistemas. No caso do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a redução equivale a uma vez e meia a carga no horário de ponta de Brasília. No Sul, representa o dobro da carga no horário de ponta de Florianópolis.
De acordo com o ONS, o custo evitado com geração térmica foi de R$ 162 milhões. Essa diminuição de demanda equivale a uma redução de energia de 260 MWmed/mês, representando 0,5% da carga dos subsistemas envolvidos, dos quais 200 MWmed/mês correspondem ao subsistema SE/CO e 60 MWmed/mês ao subsistema Sul.
Histórico
No Brasil, o Horário de Verão tem sido aplicado como política pública de uso eficiente de energia elétrica desde 1931/1932, época do então presidente Getúlio Vargas, com alguns intervalos. Mais recentemente, passou a vigorar por meio do Decreto nº 6.558, de 8 de Setembro de 2008, revisado pelo Decreto 8.112/2013.
Nos últimos 10 anos, a medida tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%, o que equivale, em todo o período do Horário de Verão, aproximadamente ao consumo mensal de energia da cidade de Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.
O Horário de Verão é usado há décadas em vários países do mundo como forma de economizar energia, especialmente nos países com geração termelétrica. Ele é utilizado também para racionalizar a infraestrutura energética, com postergação de investimentos em novas fontes de produção.