Dos cinco candidatos à reeleição para prefeito que lideram o ranking de popularidade do Ibope, quatro são veteranos na política. Se vencerem, Teresa Surita (PMDB) vai para o quinto mandato em Boa Vista; Firmino Filho (PSDB), para o quarto em Teresina; Luciano Cartaxo (PSD), o segundo como prefeito, após quatro legislaturas como vereador em João Pessoa. E Antônio Carlos Magalhães Neto, que disputa o segundo mandato municipal, já foi deputado federal três vezes e é herdeiro de um revigorado Carlismo.
O único mais neófito nas urnas é o prefeito de Rio Branco, o engenheiro paulista Marcus Alexandre (PT), apadrinhado pelos irmãos Jorge e Tião Viana. O cientista político e professor Carlos Melo vê nestes prefeitos e em suas redes de apoio uma característica comum:
— São profissionais que sabem lidar com o sistema como ele é. Políticos experientes, e digo isso sem juízo pejorativo, que mostram conhecer o complicadíssimo esquema da política brasileira.
Melo afirma que todos “implementaram choques de gestão que contornaram os problemas financeiros”, mas não crê que “a habilidade gerencial possa suplantar a habilidade política”:
— Política significa unir, articular, conseguir aprovar o que se quer e barrar o que não se quer. Com quais métodos não sabemos exatamente.
Na lanterna do Ibope, os cinco piores avaliados são os prefeitos de Goiânia, Paulo Garcia (PT), Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD) — que não são candidatos — Aracaju, João Alves Filho (DEM), Porto Velho (PSB), Mauro Nazif, e São Paulo, Fernando Haddad (PT).