Cerca de 9,5% das famílias sergipanas estão em condição de inadimplência. Esta informação faz parte de estudo da Executiva do Sistema Fecomércio e significa dizer que 20.466 unidades familiares não podem arcar com seus compromissos no período próximo. “No momento mais complicado da pandemia, esse número chegou a ser de mais de 32 mil famílias”, revela o presidente do Sistema, deputado federal Laércio Oliveira (Progressista).
De acordo com o estudo, 154.600 famílias sergipanas têm com algum tipo de compromisso a ser pago em prazo futuro. Diante deste cenário, destaca-se a pergunta: é possível alcançar a tranquilidade financeira? O consultor financeiro, Marcio Souza, alerta que é viável planejar, organizar e controlar o dinheiro. Seja para quitar dívidas, criar uma reserva ou investir.
“Para quem se encontra nesta situação, a primeira atitude a ser tomada é organizar estas contas. Deve-se anotar todas com detalhes, saber os valores de cada, qual tem multa ou juros, qual o tempo de atraso, e o valor total das dívidas. Assim você terá noção de sua real situação e saberá por onde deve começar a resolver. Essa resolução deve ser iniciada sempre pela dívida com maior juros, assim consegue-se um freio na dívida que mais está crescendo”, explica Marcio Souza.
Ainda conforme o especialista, um caminho que todos podem seguir, além do que já foi citado, é ter um planejamento financeiro completo para se livrar totalmente das dívidas e atingir a almejada tranquilidade financeira. “O ato de organizar suas finanças pode até parecer difícil, mas não é. E te garanto, muito mais difícil é viver estressado com dívidas todos os meses”, pontua.
Cartão de crédito
O endividamento das pessoas em Sergipe continua tendo como principais responsáveis as compras a prazo com cartões de crédito. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), no último mês de 2020, 95,2% das famílias informaram ter alguma dívida com operadoras de cartões de crédito para arcar nos próximos dias.
Marcio Souza afirma que nesta situação, “a primeira coisa que a maioria pensa é: Opa, vou pagar com o cartão. Porém, aqui mora um grande perigo. Você não paga com cartão de crédito, que é apenas uma ferramenta para adiar o pagamento. Pois todos sabemos que em breve chegará uma fatura com o valor total de todos os gastos. Porém, no impulso de comprar, muitos não pensam que quando chega a data de pagar a fatura. podem não dispor do valor integral para quitar o débito. E o resultado disso é, multa, juros e nome sujo no SPC/Serasa”, alerta o consultor.
Fonte e foto: Assessoria de imprensa