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Mais de 7 milhões de nordestinos passam fome

Em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres os habitantes passam fome

Cerca de 13% dos nordestinos, mais de 7 milhões, estão passando fome. É o que revela o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar em Contexto de Covid, com base em dados coletados entre 5 e 24 de dezembro de 2020. Realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), o estudo mostra que a situação mais grave é entre a população que vive na extrema pobreza, principalmente mulheres chefes de família, pretas ou pardas, com baixa escolaridade e trabalho informal.

A pandemia da covid-19, revela o estudo, agravou o problema da fome em todo o país, ainda que a situação seja pior na área rural do Nordeste. O índice de insegurança alimentar esteve acima dos 70% na região – enquanto o percentual nacional é de 55,2%. Já a insegurança alimentar grave (a fome), que afetou 9,0% da população brasileira como um todo, esteve presente em 13,8% dos lares do Nordeste.

Além disso, a condição de pobreza das populações rurais, agricultores familiares, quilombolas, indígenas ou ribeirinhas, a fome se mostrou realidade em 12% dos domicílios. O estudo atestou que em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres os habitantes passam fome, contra 7,7% quando a pessoa de referência era homem. Das residências habitadas por pessoas pretas e pardas, a fome esteve em 10,7%. Entre pessoas de cor/raça branca, esse percentual foi de 7,5%.

Rosto à fome

Renato Maluf salientou que o inquérito “dá rosto à fome”. Por exemplo, os domicílios em que a pessoa responsável é uma mulher apresentam insegurança alimentar grave, isto é, ocorrência de fome, muito superior à média nacional. Argumentou que, se essa pessoa responsável for uma mulher, de cor preta ou parda e de baixa escolaridade, essa insegurança é ainda maior. “Portanto, a condição feminina, cor da pele e escolaridade são determinantes da ocorrência da fome nos domicílios”, afirma o presidente da Rede Penssan, Renato Maluf.

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