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Mata do Cipó entre Siriri e Capela será reflorestada

A Mata vai receber 3 mil mudas de espécies nativas

Técnicos do Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, juntamente com um profissional da empresa vencedora do processo licitatório, fizeram o reconhecimento para recuperação de um trecho de Mata Atlântica, na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Mata do Cipó, entre os municípios de Siriri e Capela, no Território Leste Sergipano.  O objetivo é reconstituir parte da área que foi devastada entre os dois municípios, através de uma ação de compensação relacionada ao licenciamento ambiental da empresa Estre Ambiental.

O Termo de Compromisso foi firmado entre a empresa a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs) e a Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma). Segundo o superintendente da Serhma, Ailton Rocha, o acordo judicial determina que a empresa execute o plantio de 3.000 mudas de espécies nativas na área que foi desmatada. “Tal ação só foi possível por conta da aprovação na Câmara de Compensação Ambiental para o uso de recursos provenientes de outras compensações ambientais, e estes foram destinados para o cercamento da área, cujos serviços serão iniciados nas próximas semanas”, explica.

De acordo com o técnico da Serhma, Marcos Domingos de Santana, a recuperação vai reequilibrar o espaço de Mata Atlântica no local. “A revitalização da área tem como principal objetivo proteger as nascentes das bacias hidrográficas da região, entre elas a do Rio Siririzinho, que integra a Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, bem como a flora e a fauna, catalogadas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). A área, também, possui uma imensa variedade de pássaros”, detalha.

Arie Mata do Cipó 

Os estudos para a criação da Arie Mata do Cipó foram feitos por diversos pesquisadores, entre eles, zoólogos, botânicos, entomólogos, engenheiros florestais e ecólogos, integrantes do grupo da pesquisa da fauna e flora de Sergipe (Biose) e dos departamentos de Biologia e Ecologia da UFS, em agosto de 2013. Mas foi por meio do Decreto nº 30.523, de fevereiro de 2017, que de fato o local se tornou uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie). Com uma área de 59,6755 hectares e perímetro de 4.181,89 metros de Mata Atlântica, e com pouca ocupação humana, a Arie tem características naturais extraordinárias e seu objetivo é manter os ecossistemas naturais.

Além de possuir algumas nascentes de pequenos rios e riachos, a área possui uma grande quantidade de pássaros, dentre eles, gaviões, curiós, cabeças, garrincha, bem como de raposas, teiús, calangos e tatus. Sua flora é composta por plantas endêmicas da região, a exemplo de ingá branco, visgueiro, massaranduba, sucupira, entre outras, e boa parte delas são envoltas por vários cipós, o que justifica seu nome. Há, ainda, uma imensa variedade de ervas medicinais no local.

Foto e fonte: Ascom Sedurbs

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