Médicos: quadro de Paulinha Abelha não é irreversível

Não procede a informação de que a cantora Paulinha Abelha tem uma bactéria na cabeça: “Isso é fake news”, garantiu o médico Marcos Aurélio Alves. O desmentido foi feito durante a entrevista concedida, nesta terça-feira (22), para esclarecer o quadro clínico da vocalista da Banda Calcinha Preta. Além dele, participaram da coletiva no Hospital Primavera, em Aracaju, os médicos André Luiz Veiga e Ricardo Leite. Outra falsa informação que os profissionais de saúde fizeram questão de desfazer é a de que a paciente teve morte cerebral. “Ela está em coma profundo, mas coma é uma condição potencialmente reversível”, afirmou André Luiz Veiga.

Os médicos deixaram claro que o quadro clínico de Paulinha Abelha é muito grave. Segundo eles, pela Escala de Glasgow, o nível do coma da paciente é 3, o mais baixo. Numa pessoa sadia, esse nível é 15. Mesmo assim, os profissionais de saúde afirmaram, várias vezes na coletiva, que não se pode falar em irreversibilidade. Os três fizeram questão de ressaltar que a cantora não está com morte cerebral, como se chegou a noticiar. Também afastaram a hipótese de transferi-la para um hospital foram de Sergipe.

De acordo com a equipe médica, Paulinha apresenta um quadro tóxico metabólico com dano renal, hepático e cerebral. O tratamento vem sendo feito visando diminuir essa quadro. Os médicos explicaram que a investigação, através de exames, continua no sentido de identificar as razões do coma profundo e  da encefalopatia severa ou seja do problema hepático grave. Segundo eles, ainda não foi possível comprovar se os produtos ou procedimentos estéticos realizados pela vocalista contribuíram para comprometer dos rins.

Apelo aos jornalistas

Ao final da entrevista, Marcos Aurélio Alves apelou aos jornalistas para só divulgarem informações fornecidas via boletim médico assinado pela equipe que cuida de Paulinha Abelha. Ele contou que a falsa notícia dando conta que a vocalista estava com meningite bacteriana criou um sério problema para o hospital, pois profissionais de saúde e pacientes ficaram preocupados com um possível contágio. “Os passageiros que viajaram com a paciente no avião também ficaram temerosos, assim como os colegas dela”, lamentou.

Foto: Ascom/Hospital Primavera