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Mercados de Aracaju reúnem o melhor da cultura sergipana

Os mercados de Aracaju atraem turistas de todo o Brasil

Mercados municipais reúnem o melhor da cultura local. Localizado no centro histórico de Aracaju, às margens do Rio Sergipe, o mercado municipal Antônio Franco foi construído em 1926 para concentrar o comércio de produtos de variados tipos, como alimentos, artesanato, utilidades domésticas, entre outros. Com o crescimento populacional, o mercado passou a não mais comportar o grande volume de comerciantes e compradores. Assim, construiu­-se um mercado auxiliar, o Thales Ferraz, inaugurado em 1949.

No ano de 2000, os mercados passaram por uma completa revitalização, contudo, sua arquitetura neocolonial manteve­-se preservada. A partir de então, eles passaram a ser uma opção não só de compras, mas também de cultura e lazer, uma vez que estão reunidos num só lugar história, tradição, artesanato e culinária regional.

Administrados pela Prefeitura de Aracaju e vizinhos da praça de eventos Hilton Lopes, palco do Forró Caju, os mercados atraem turistas de todo o Brasil e de vários países do mundo. No mercado Antônio Franco, a diversidade de produtos artesanais trazidos dos municípios do interior de Sergipe é imensa: rendas, crochês, artigos em couro, redes, cerâmicas, peças de madeira, bordados, além de comidas típicas, literatura de cordel e ervas medicinais.

Já no mercado Thales Ferraz são vendidos produtos tipicamente nordestinos, a exemplo da manteiga do sertão, licores, castanhas, doces, tapioca. Os dois mercados são interligados pela passarela de flores, o que deixa o espaço ainda mais bonito e agradável para todos aqueles que costumam frequentar o local.

Compras

Com preços populares, os visitantes podem comprar lembranças para todos os gostos e idades, e ainda vale a pechincha. A artesã Josefa Almeida dos Santos, 59 anos, comenta que o faturamento é sempre bom. “Quem passa por aqui sempre compra alguma coisa. Os turistas se encantam com o nosso trabalho. Como eles mantêm contato direto conosco, sempre negociamos os preços”, conta a pensionista, que há oito anos trabalha no mercado Antônio Franco.

 Aproveitando o contato direto com os comerciantes, a turista paulista Ângela Ladaccico, 32 anos, conta que foi atraída aos mercados municipais de Aracaju não só pela beleza do lugar e pela diversidade de opções, mas também pela alegria dos comerciantes. “Eles são muitos simpáticos, já comprei um monte de coisas só pelo carisma com o qual eles nos recebem”, destaca a administradora, prometendo voltar mais vezes.

Serviços

Nos mercados também são oferecidos diversos serviços aos visitantes, como relojoeiros, sapateiros e até salões de beleza e barbearias. Aproveitando a saída do trabalho para cortar os cabelos, o comerciante Aelson Mota de Mendonça, 23 anos, afirma ser cliente de uma das barbearias do mercado há mais de três anos. “Gosto do ar rústico dessa área do mercado. Como trabalho bem perto daqui, venho sempre cortar meu cabelo na barbearia”, diz.

O barbeiro Fabio Bispo dos Santos, 34 anos, conta que não fica sem clientes um só dia. “Todos os dias aparece gente para fazer a barba ou cortar o cabelo. E no período de festas, os turistas são quem mais frequentam o salão”, declara.

Sabores

Quem não resiste aos produtos fabricados no sertão do Estado, deve passar bem longe dos boxes de laticínios instalados no mercado Thales Ferraz. Verdadeira tentação aos olhos e ao paladar, a variedade de doces, cocadas, manteigas, queijos e requeijões seduz o consumidor.

Outras bancas que também chamam a atenção dos clientes são as dos doces caseiros. Banana, jaca, queijo, caju, abóbora, batata doce, goiaba, são alguns dos sabores comercializados pelos vendedores. José Barbosa, 67 anos, é dono de um desses boxes há mais de 30 anos, e garante que tem clientes desde a época em que começou a vender seus produtos no mercado.

“Fiz muitas amizades aqui, desde moradores das redondezas até turistas que sempre que retornam à Aracaju vêm adquirir meus produtos”, orgulha-­se. Vizinhos aos boxes de doces, guloseimas como tapioca, beiju, saroio, pé-­de­moleque, pamonha, bolachinhas de goma e bolos dos mais diversos sabores também têm o seu espaço e atraem os consumidores que gostam de comidas típicas com sabor genuinamente sergipano.

Restaurantes

Outro atrativo à parte nos mercados são os restaurantes, que oferecem um variado cardápio nordestino, vista para o Rio Sergipe e música sergipana. Pratos como pirão, rabada, galinha de capoeira, carne de bode, moqueca de peixe, arribacão e o famoso café­ nordestino com inhame, carne do sol, macaxeira, jabá e cuscuz com bisteca são os mais pedidos pelos turistas.

No restaurante do cantor e compositor Zé Américo do Campo do Brito, a culinária é sucesso nacional. Há três anos, o artista foi entrevistado pela apresentadora Ana Maria Braga para o programa ‘Mais Você’, da Rede Globo. Na ocasião, ele ensinou para milhares de brasileiros como se prepara o famoso arribacão, que leva feijão de corda, arroz cozido e coco ralado.

As iguarias servidas no restaurante de Zé Américo foram destaque também em outros programas nacionais, entre eles o ‘Vitrine Brasil’ (TV Brasil) e ‘Globo Rural’ (Rede Globo). No mês passado, Seu Américo do Campo do Brito estampou a capa da revista ‘Roteiros do Brasil’, distribuída pelo Ministério de Turismo. Ele também recebeu visitas de personalidades como Regina Casé, Padre Zezinho, Dominguinhos e Gilberto Gil.

 “Apesar desse grande sucesso, sinto a falta do povo aracajuano, que devia apreciar mais a cultura de nossa gente. É preciso ensinar aos jovens que a nossa cultura é grandiosa e deve ser valorizada”, justifica seu Américo. Para quem quer ver e provar disso tudo, basta fazer uma visita aos mercados municipais de Aracaju e comprovar toda a riqueza do espaço que fica aberto ao público de segunda a sábado, das 6 às 18 horas; e nos domingos e feriados, das 6 às 12 horas.

Fonte: Prefeitura de Aracaju (crédito misscheck-in.com)

 

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