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Meros pagadores de salários

Por Adiberto de Souza *

A maioria dos prefeitos sergipanos chega ao fim do primeiro ano de mandato sem honrar as mirabolantes promessas feitas na campanha eleitoral. Isso porque os recursos disponíveis nas prefeituras mal dão para pagar a folha de pessoal e executar serviços básicos, como manutenção de ruas e praças, coleta de lixo e abastecimento da frota de veículos. A baixa atividade econômica e a pequena arrecadação de impostos, fazem com que grande parte dos municípios seja dependente das transferências externas. Muitos prefeitos comemoram o fato de pagar em dia o funcionalismo, assim mesmo graças ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), usado por oito em cada 10 municípios para custear a folha dos professores. Sem as transferências estaduais e federais, como o Fundo de Participação dos Municípios, a grande maioria das prefeituras já tinha fechado as portas para balanço. Portanto, embora tenham prometido mundos e fundos aos eleitores, os prefeitos já estão conscientes que também não honrarão as promessas no segundo ano de mandato. Diante disso, muitos gestores municipais não terão fôlego político para garantir a reeleição em 2024. Crendeuspai!

E a cadeira vazia?

Veja como o mundo dá voltas: segundo o demista José Carlos Machado, o pré-candidato a governador Rogério Carvalho (PT) teria convidado a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) para ser a sua candidata à vice. Em sendo isso verdadeiro, o petista nem parece aquele candidato a senador de 2014, exibindo nos palanques uma cadeira azul e insinuando que, graças a dona Maria, Sergipe tinha no Senado uma cadeira vazia. Marminino!

Galo na panela

Até depois do Carnaval, as lideranças políticas vão seguir ouvindo mais do que falando sobre as eleições de 2022. Todos têm conversado com todos, mas ninguém se arrisca em fechar qualquer acordo antecipadamente. Muitos preferem cozinhar o galo enquanto esperam a definição dos adversários. Outros apalavram entendimentos, porém pedem tempo para botar os pontos nos is. Haverá casos em que a chapa majoritária só será fechada em meados do próximo ano. Misericórdia!

Afronta à lei seca

Estudos mostram que, apesar da lei seca, muitos motoristas insistem em dirigir depois de encher a caveira de cachaça. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego estima que 54% dos motoristas fazem uso de álcool antes de pegar o volante. Já a Pesquisa Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde indica que 24,3% dos condutores revelam que assumem a direção do veículo mesmo depois de terem consumido álcool. Cruzes!

Sem alta médica

O ex-senador Antônio Carlos Valadares (PSB) está se recuperando bem da cirurgia a que se submeteu, no Hospital Sírio Libanês, para colocação de duas pontes de safena e duas mamárias. Ele permanece internado na unidade semi-intensiva, em condição estável, com uso de antibiótico para tratamento de uma infecção urinária recente. Vavá está sendo acompanhado pela equipe do médico Fábio Jatene. Esta informação é do jornalista Diógenes Brayner. Então, tá!

Fim da enganação

Está chegando ao fim o festival de pesquisas falsas feitas por encomenda para inflar pré-candidaturas. A partir do próximo sábado, 1º de janeiro, todas as consultas de opinião pública terão que ser registradas na Justiça Eleitoral. As informações e os dados registrados no sistema ficarão à disposição de qualquer interessado e quem divulgar pesquisa não registrada no TRE será punido com pesada multa. Bem feito!

Vota contra

A maioria dos eleitores não vota em candidatos financiados pelas indústrias do fumo, de armas, álcool e agrotóxicos. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, 92% dos entrevistados responderam que não apoiam candidatos que recebam recursos de indústrias de armas. Em seguida, aparecem as empresas de tabaco e de álcool (89% cada) e agrotóxico (82%), bancos (58%) e setor automobilístico (53%). Arre égua!

Petrobras vai recorrer

A Petrobras vai recorrer contra a liminar concedida ao governo de Sergipe proibindo o reajuste do preço do gás natural fornecido à Sergas. Na decisão, a magistrada Érica Magri Milani determinou que a petrolífera mantenha o fornecimento do produto à estatal sergipana nos exatos termos do contrato atual pelo prazo de seis meses, a contar a partir de 1º de janeiro. A Petrobras informou que vai interpor um recurso “com vistas ao estabelecimento de preço de mercado para a venda do gás”. Quer apostar uma mariola de goiaba como a liminar não sobreviverá por muito tempo? Aff Maria!

E a reforma política?

Quando será que o Congresso vai se debruçar sobre a tão prometida reforma política? Enquanto isso não ocorrer, persistirão os elevados índices de abstenção nas eleições. A recusa de parte da população em ir às urnas é uma reação às bodegas em que se transformaram os partidos. Seus ‘donos’ enxergam o eleitor como simples mercadoria, vendida abertamente nas campanhas eleitorais. Lamentavelmente, ainda existem aqueles que condenam a reação popular contra a malandragem dos políticos. Quem age assim deseja que tudo continue como está para seguir se locupletando. Só Jesus na causa!

Unidos pela sobrevivência

Adversários na disputa pela Prefeitura de Socorro, em 2020, os deputados federal Fábio Henrique (PDT) e estadual Samuel Carvalho (Cidadania) devem formar uma dobradinha no pleito de 2022. Segundo comenta-se nas rodas políticas, os dois parlamentares decidiram colocar as desavenças de lado em nome da sobrevivência política. Em 2018, tanto Fábio Henrique quanto Samuel se elegeram na rabeira e assim mesmo graças ao critério de sobra de votos, pois alguns suplentes foram mais votados do que eles. Home vôte!

Soy contra tudo

Essa é da lavra da professora Rosa Maria Ferrão: Conta-se que, após o naufrágio do navio em que viajava, um anarquista conseguiu chegar a uma praia. Então, olhando em volta, dirigiu-se aos que o cercavam: “Hay gobierno? Se hay soy contra. Se no hay también soy!”. Danôsse!

Recorte de jornal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Publicado no jornal aracajuano Diário da Tarde, em 21 de dezembro de 1933.

* É editor do Portal Destaquenotícias

 

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1 Comments

  1. Adelson+Aquino+dos+Santos disse:

    Para se ganhar uma eleição é necessário fazer promessas, que sabe não serão cumpridas. Como pode dessa forma justificar o injustificável?

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