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Mínimo é salário de fome

Os resultados do estudo refletem as desigualdades regionais

O salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido R$ 5.886,50 em outubro último. A constatação é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

O valor do salário mínimo ideal, que corresponde a 5,35 vezes o piso nacional atual (R$ 1.100), foi calculado com base na cesta básica mais cara entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, que foi a de Florianópolis: R$ 700,69. A cesta com menor preço foi a de Aracaju, de R$ 464,17.

Em outubro, quem ganha um salário mínimo consumiu quase 60% da renda líquida para comprar os 13 produtos da cesta, que são: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga.

Horas trabalhadas

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta aumentou para 118 horas e 45 minutos. Três horas e 43 minutos a mais do que no mês anterior. Quem ganha o salário mínimo gastou o equivalente a 58,35% de sua renda líquida para comprar os alimentos básicos – em setembro o percentual ficou em 56,53%.

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